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Economia

IPCA fecha 2023 em 4,62% e fica abaixo do teto da meta pela 1ª vez desde 2020, diz IBGE

O grupo de transportes teve o maior impacto anual na inflação do ano, quando a gasolina acumulou alta de 12,09%.

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A inflação de dezembro foi pressionada, sobretudo, pelos alimentos. (Foto:Reprodução)

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, encerrou 2023 em 4,62%, de acordo com divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (11).

O número é menor que os 5,79% registrados no ano anterior, e ficou abaixo do teto da meta pela primeira vez desde 2020.

A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), colegiado ligado ao Ministério da Fazenda, para este ano era de uma inflação de 3,25%, mas com uma margem de tolerância que poderia ir de 1,5% até 4,75%.

Em dezembro, a inflação do país foi de 0,56%, sexto mês seguido em alta.

Transportes foram maior impacto do ano

O grupo de transportes teve o maior impacto anual na inflação do ano, quando a gasolina acumulou alta de 12,09%.

Com o maior peso entre os subitens do IPCA, a gasolina exerceu no ano a maior contribuição individual (0,56 p.p.) para o resultado geral. “Vale lembrar que a gasolina teve o impacto da reoneração dos tributos federais e das alterações nas cobranças do ICMS”, diz o gerente do IPCA, André Almeida.

Clima impactou preço de alimentos em dezembro

Pelo sexto mês seguido em alta, a inflação de dezembro foi pressionada, sobretudo, pelos alimentos, cujos preços sofreram com o clima.

“O aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente dos in natura, como os tubérculos, hortaliças e frutas, que são mais sensíveis a essas variações climáticas”, explica André Almeida.

O especialista destaca a quinta alta consecutiva no preço do arroz, que sofreu com o clima desfavorável, e o feijão, pressionado tanto pelo clima adverso quanto pelo aumento do custo de fertilizantes.

O grupo transportes foi o segundo maior impacto de dezembro, com destaque para passagens aéreas (8,87%), que continuaram subindo pelo quarto mês seguido.

Por outro lado, todos os combustíveis pesquisados (-0,50%) tiveram deflação: óleo diesel (-1,96%), etanol (-1,24%), gasolina (-0,34%) e gás veicular (-0,21%).

“Pelo fato de a gasolina ser o subitem de maior peso entre os 377 pesquisados pelo IPCA, com essa queda, ela segurou o resultado no índice do mês”, ressalta André. Em dezembro, os preços desse combustível caíram pelo terceiro mês consecutivo.


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