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Economia

IGP-M: inflação do aluguel fica em 0,21% em julho; índice acumula alta de 10,08% em 12 meses

Índice ficou abaixo do registrado em junho e mostra desaceleração e é a menor taxa desde novembro de 2021.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 0,21% em julho, após ter registrado alta de 0,59% em junho, informou nesta quinta-feira (28) a Fundação Getulio Vargas (FGV). É a menor taxa desde novembro de 2021.

Com o resultado, o índice passou a acumular alta de 8,39% no ano e de 10,08% em 12 meses, contra 10,70% em 12 meses até junho, se mantendo abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado uma prévia da inflação oficial do país.

Em julho de 2021, o índice havia subido 0,78% e acumulava alta de 33,83% em 12 meses.

“Preços de commodities importantes estão cedendo, refletindo os riscos de um cenário macroeconômico pouco animador. Segundo o índice ao produtor, ocorreram recuos importantes nos preços do minério de ferro (de -0,32% para -11,98%), do milho (de -1,21% para -5,00%) e da soja (de -0,80% para -2,05%). No âmbito do consumidor, a redução do ICMS da energia elétrica (de -0,34% para -3,11%) e da gasolina (de -0,19% para -7,26%) influenciaram destacadamente o resultado do IPC, que registrou queda de 0,28%. Se não fosse a redução do ICMS, o IPC não teria registrado taxa negativa”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.

O IGP-M é conhecido como ‘inflação do aluguel’ por servir de parâmetro para o reajuste de diversos contratos, como os de locação de imóveis. Além da variação dos preços ao consumidor, o índice também acompanha o custo de produtos primários, matérias-primas, preços no atacado e dos insumos da construção civil.

Entenda a composição do índice

O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

O indicador é composto por 3 componentes:

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que possui peso de 60% na composição do IGP-M – o índice variou 0,21% em julho, ante 0,30% em junho. A principal contribuição partiu dos combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -0,25% para 2,39%; dos combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 6,81% para 9,96%; além do minério de ferro (-0,32% para -11,98%), algodão em caroço (2,28% para -14,02%) e milho em grão (-1,21% para -5,00%). Em sentido oposto, destacam- se os itens bovinos (-3,29% para 4,43%), leite in natura (4,40% para 13,46%) e mandioca/aipim (-4,24% para 8,02%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M – o índice caiu 0,28% em julho, após alta de 0,71% em junho, com destaque para gasolina, cuja taxa passou de -0,19% em junho para -7,26% em julho; passagem aérea (13,40% para -5,20%), tarifa de eletricidade residencial (-0,34% para -3,11%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,67% para -1,43%), roupas (1,75% para 0,65%) e serviços bancários (0,25% para 0,11%). Em sentido oposto destacam-se laticínios (4,33% para 11,16%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-1,22% para -0,30%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-M – o índice subiu 1,16% em julho, ante 2,81% em junho, com desaceleração nos três grupos: materiais e equipamentos (1,58% para 0,62%), serviços (0,50% para 0,49%) e mão de obra (4,37% para 1,76%).


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