Economia
IBGE: Prévia da inflação oficial no Brasil, o IPCA-15, registrou alta de 0,58% em janeiro
O maior impacto (0,20 p.p.) veio de alimentação e bebidas, que avançou 0,97% em janeiro, influenciado sobretudo pela alimentação no domicílio (1,03%).
Considerado a prévia da inflação oficial no Brasil, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), registrou alta de 0,58% em janeiro, divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (26).
A expectativa do mercado ficava em torno de uma alta de 0,43%.
O resultado do primeiro mês do ano mostra uma desaceleração em relação a dezembro, quando o indicador subiu subido 0,78%, fechando 2021 em 10,42% — maior resultado acumulado em um ano desde 2015, quando avançou 10,71%.
Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 10,20%, abaixo dos 10,42% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021, a taxa foi de 0,78%.
Vale lembrar que o mercado espera alta de 5,15% na inflação de 2022, ainda acima do teto da meta para o ano, de 5%
O IBGE remete a desaceleração verificada em janeiro ao recuo no grupo Transportes, que mostrou queda de -0,41%, influenciada, principalmente, pela redução nos preços da gasolina (-1,78%) e das passagens aéreas (-18,21%).
O instituto ressalta que esses dois subitens contribuíram com -0,12 p.p. cada no IPCA-15 de janeiro. Além disso, etanol (-3,89%) e o gás veicular (-0,26%) também tiveram variações negativas no período.
Apesar da queda no grupo Transportes, oito de nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em janeiro.
O maior impacto (0,20 p.p.) veio de alimentação e bebidas, que avançou 0,97% em janeiro, influenciado sobretudo pela alimentação no domicílio (1,03%). Dentro desse grupo, os maiores impactos vieram de cebola (17,09%), frutas (7,10%), café moído (6,50%) e carnes (1,15%).
Vale ressaltar que houve queda nos preços da batata-inglesa (-9,20%), do arroz (-2,99%) e do leite longa vida (-1,70%), que já haviam recuado no mês anterior, lembra o IBGE.
O instituto também destaca que o subitem alimentação fora do domicílio (0,81%) também acelerou em relação a dezembro (0,08%).
Segundo maior impacto no IPCA-15 (0,12 p.p.), o grupo saúde e cuidados pessoais subiu 0,93%, levado, principalmente, pelos itens de higiene pessoal (3,79%).
No lado das quedas, o estudo destaca os planos de saúde, com recuo de 0,69%. “Em dezembro, foi incorporada a última fração mensal do reajuste anual que havia sido suspenso em 2020 e que foi aplicado a partir de janeiro de 2021”, diz o instituto.
“Com isso, restou apenas a fração referente ao reajuste negativo de -8,19% anunciado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no ano passado, aplicado a partir do IPCA-15 de julho”.
Com alta de 0,62%, o grupo habitação teve maior influência do aluguel residencial, que avançou 1,55%. “Houve ainda alta no gás encanado (8,40%), consequência de um reajuste em São Paulo”.
A energia elétrica, subitem de maior peso dentro do grupo, desacelerou para 0,03% em janeiro, ressalta o IBGE. A variação positiva da taxa de água e esgoto (0,28%) decorre do reajuste de 9,05% ocorrido em Salvador.
Maior variação no IPCA-15 de janeiro, vestuário subiu 1,48%, com alta em todos os itens, entre eles, roupas masculinas (2,35%), roupas femininas (1,19%) e calçados e acessórios (1,20%).
A informação é da CNN Brasil.
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