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Economia

Golpes financeiros explodem durante pandemia: veja quais são e como se prevenir

Só em 2021, o golpe da falsa central telefônica e do falso funcionário aumentaram cerca de 340%. Golpe do WhatsApp, do delivery e o phishing também avançam.

Os golpes via internet aumentaram desde o começo da pandemia. (Foto: Thinkstock)

Quem nunca caiu em um golpe financeiro entre os anos de 2020 e 2021 (ou ao menos não conhece alguém que foi enganado) que atire o primeiro PIX — não, calma, não saia por aí distribuindo PIX. E também não se sinta mal: Os golpes aumentaram muito desde o começo da pandemia.

Apesar de existir uma série de golpes bancários, alguns são mais comuns que os outros, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Entre janeiro e fevereiro de 2021, por exemplo, o golpe da falsa central telefônica e do falso funcionário aumentaram cerca de 340%, enquanto os ataques de phishing — tipo de truque para enganar pessoas e coletar dados confidenciais — dobraram de um ano para o outro.

Para ajudar o leitor a se prevenir, o CNN Brasil Business preparou um pequeno guia dos principais golpes dos quais os brasileiros são vítimas e o que deve ser feito para evitá-los (e o que fazer quando for tarde demais).

O golpe:
Falso motoboy: Neste golpe, uma pessoa que se passa por um funcionário de um banco liga para um cliente e afirma que o cartão da pessoa foi clonado e que, para desbloqueá-lo, precisa que a senha seja digitada ao telefone e que, como meio de segurança, o antigo seja dobrado ao meio.

O golpista, então, finge que solicitou um novo cartão para a vítima e que enviará um motoboy para buscar o antigo para uma perícia. Algum tempo depois, o motoboy chega, pega o cartão cortado, com o chip intacto e, desta forma, consegue realizar diversas transações sem maiores problemas.

Como evitar: De acordo com a Febraban, para evitar esse tipo de golpe, é importantre saber que “nenhum banco pede o cartão de volta ou envia qualquer pessoa ou portador para retirar o cartão na casa dos clientes”. Em casos de ligações suspeitas, desligue o telefone, ligue de outro aparelho para o banco e verifique se realmente houve alguma irregularidade.

O golpe:
Falso leilão: Neste caso, o fraudador envia um link que simula um leilão falso, no qual a vítima precisa fornecer dados pessoais e financeiros, além de depositar um valor na conta do criminoso. Com o CPF, a senha e o número do cartão da pessoa, é possível fazer qualquer tipo de transação em nome do cliente.

Como evitar: O ideal é nunca enviar dados de acesso e nem senhas a ninguém, além de sempre verificar a origem dos links recebidos antes de clicá-los, e verificar a veracidade dos sites de leilão. É importante também, segundo a Febraban, ler a avaliação de outros usuários.

O golpe:
WhatsApp: O golpe, que se tornou muito comum na pandemia, consiste no fato de os golpistas descobrirem o celular e o nome da vítima para clonarem suas contas. Com o número do celular e o nome das pessoas, os criminosos conseguem cadastrar o WhatsApp em seus aparelhos e, quando o aplicativo solicita o código enviado por SMS para concluir a operação, eles enviam uma mensagem no app fingindo ser do serviço de atendimento ao cliente do site de vendas ou da empresa em que a vítima tem cadastro.

De acordo com a Febraban, os criminosos solicitam o código de segurança, “afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro”. Com isso, se passam pela vítima e solicitam dinheiro, transferências pelo PIX, entre outras coisas.

Como evitar: Segundo a Febraban, uma medida simples para evitar que o WhatsApp seja clonado é habilitar, no aplicativo, a opção “verificação em duas etapas”. O caminho é este: Configurações/Ajustes > Conta > Verificação em duas etapas.

Desta forma, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo app. “Essa senha não deve ser enviada para outras pessoas ou digitadas em links recebidos”, alerta a federação.

O golpe:
Extravio do cartão: Durante o processo de entrega do cartão, a correspondência é furtada e, então, o criminoso liga para a vítima fingindo ser um funcionário do banco informando que aconteceram problemas na entrega. Eles solicitam a senha do cartão para resolver o suposto problema e realizam transações em nome da pessoa.

Como evitar: A Febraban ressalta que o cliente nunca deve enviar dados, senhas e acessos a ninguém. Também nunca deve preencher formulários na internet com dados pessoais e financeiros sem verificar a origem. “Caso o prazo de entrega do cartão se esgote, é preciso informar o gerente sobre o atraso”, diz.

O golpe:
Golpe do delivery: Esse é outro golpe famoso que vem sendo aplicado durante a pandemia. Nele, o entregador apresenta uma maquininha com o visor danificado e cobra um valor acima do que foi cobrado pelo restaurante.

Como evitar: “O cliente deve sempre checar o preço cobrado no visor da maquininha e nunca deve aceitar maquininhas onde os valores que são cobrados não estejam visíveis. De preferência em fazer o pagamento via aplicativo e não no momento da entrega”, diz a Febraban.

O golpe:
Phishing: O nome desse golpe, na tradução literal para o português é “pescaria digital”. Trata-se de uma fraude eletrônica que visa obter dados pessoais do usuário por meio de mensagens ou e-mails falsos que induzem a pessoa a clicar em links suspeitos.

A Febraban afirma que “os casos mais comuns de phishing são e-mails recebidos de supostos bancos com mensagens que afirmam que a conta do cliente está irregular ou o cartão ultrapassou o limite ou que necessita revalidar seus pontos nos programas de fidelidade, atualizar token ou, ainda, que existe um novo software de segurança do banco que precisa ser instalado imediatamente pelo usuário”.

Como evitar: Segundo a federação dos bancos, o ideal é sempre verificar se o endereço da página de internet é o correto. Além de sempre preferir comprar em sites conhecidos e nunca usar computadores públicos para comprar algo no comércio virtual.

Não repasse a outra pessoa nenhum código fornecido por SMS ou imagem de um QR Code enviado para autenticar alguma operação. Para finalizar, a dica da organização é clara: na dúvida, fale com seu banco.

Com informações da CNN Brasil.


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