Economia
Golpes do Pix: cerca de 60% envolvem valores entre R$ 1 mil e R$ 2.800, revela pesquisa
Relatório de Fraude Scamscope aponta que, no Brasil, perdas com esse tipo de fraude devem ultrapassar R$ 3 bilhões até 2027
Cerca de 60% dos golpes envolvendo Pix resultam em perdas que variam de R$ 1 a R$ 2.800, apontou o Relatório de Fraude Scamscope, feito pela ACI Worldwide com a GlobalData. O relatório indica ainda que há casos em que os gastos superam R$ 40 mil. Segundo o estudo, essa é a forma que criminosos encontraram de explorar o sucesso do meio de pagamento instantâneo no Brasil.
De acordo com a pesquisa, essas fraudes envolvem criminosos enganando as vítimas para que façam grandes transferências bancárias de forma voluntária, com a maioria dos casos ocorrendo por meio de engenharia social em redes de mídia social ou por telefone.
Confira os valores e percentuais das transações fraudulentas:
De R$ 1 a R$ 300: 15,6%
De R$ 301 a R$ 700: 16,1%
De R$ 701 a R$ 1.400: 15,6%
De R$ 1.401 a R$ 2.800: 9,7%
De R$ 2.801 a R$ 7.000: 11,3%
De R$ 7.001 a R$ 14.000: 14%
De R$ 14.001 a R$ 28.000: 3,8%
De R$ 28.001 a R$ 40.000: 2,7%
Mais de R$ 40.001: 2,7%
Principais golpes envolvendo Pix no Brasil
A pesquisa elencou também quais são os principais formas de golpe envolvendo Pix no Brasil. Os destaques, nesse caso, foram fraudes envolvendo pagamento antecipado (27%), produto (20%) e investimento (17%). Confira:
Pagamento adiantada por produto ou serviço – 27%
Compra de um produto – 20%
Investimento em um produto ou empresa – 17%
Pagamento de fatura ou saldo pendente de um produto ou serviço – 10%
Solicitação de transferência para alguém que fingia estar em um relacionamento romântico – 7%
Solicitação de pagamento por alguém que alegava ser uma pessoa ou organização confiável – 7%
Outros – 13%
No Brasil, perda de R$ 3,7 bi até 2027
O relatório analisou os principais mercados de pagamentos instantâneo: Brasil, Arábia Saudita, Estados Unidos, Austrália, Índia e Reino Unido. Entre os seis, Brasil e Arábia Saudita são os com maior taxa de crescimento anual em perdas por golpe, indicou o estudo.
Até 2027, o relatório aponta que as perdas com golpes envolvendo pagamentos instantâneos devem atingir US$ 6,8 bilhões (cerca de R$ 37,3 bilhões). Somente no Brasil, esse valor deve alcançar US$ 635,6 milhões (cerca de R$ 3,48 bilhões) no mesmo período.
Mecanismo Especial de Devolução (MED)
Caso alguma alguma transferência via PIX tenha sido realizada, o caminho é solicitar o Mecanismo Especial de Devolução do Pix (MED) via telefone ou aplicativo do banco que realizou a operação.
Em junho desse ano, foram anunciadas melhorias para o sistema, que foi batizado de MED 2.0. Na época, a Febraban informou que a previsão é que a implementação ocorra no final de 2025,
Como se proteger dos golpes
Nunca realize ligações para números de telefone (0800) recebidos através de SMS ou outras mensagens. Ligue sempre para o número da central de atendimento do seu banco ou para seu gerente.
Os bancos ligam para os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca pedem dados como senhas, token e outros dados pessoais nestas ligações. Os bancos também nunca ligam e pedem para clientes que façam transferências ou Pix ou qualquer tipo de pagamento.
Sempre pesquise sobre a empresa de leilões em sites de reclamação e confira o CNPJ do leiloeiro. Nunca faça transações em sites que não tenham o cadeado de segurança no navegador nem transferências para contas de pessoas físicas.
O banco nunca liga para o cliente nem manda mensagens ou e-mails pedindo para que ele instale nenhum tipo de aplicativo em seu celular para supostamente regularizar um problema na conta.
Ao receber uma mensagem de algum contato com um número novo, é preciso certificar-se que a pessoa realmente mudou seu número de telefone. Não faça o Pix ou qualquer tipo de transferência até falar com a pessoa que está solicitando o dinheiro.
A Febraban orienta que as pessoas sempre desconfiem de propostas de trabalho que precisem pagar ou com promessas de vantagens exageradas.
Com informações do site Extra
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