Economia
Famílias poupam 9,7% a mais na pandemia; no Brasil número chega a 13%, diz estudo
Levantamento chama esse movimento de economia forçada, já que as famílias seguraram os gastos diante das incertezas com a pandemia.
As famílias fizeram uma espécie de economia forçada durante a pandemia, segundo relatório de riqueza global feito pelo grupo de seguradoras Allianz.
O levantamento mapeou a evolução dos ativos e das dívidas de famílias de cerca de 60 países e a principal conclusão foi que, diante do aumento de estímulos dos governos na pandemia, os ativos financeiros, que são os investimentos feitos pelas pessoas, aumentaram.
O estudo chama esse movimento de economia forçada, já que as famílias seguraram os gastos diante das incertezas com a pandemia.
Então, apesar da crise com os efeitos da pandemia na economia, com essas injeções de dinheiro muito altas, os ativos financeiros subiram quase 10% no mundo e alcançaram 200 trilhões de euros, o que é uma marca histórica, de acordo com o relatório.
No Brasil, esses ativos aumentaram anda mais, 13% no ano de 2020. Já para este ano, os economistas esperam mais crescimento – de 7% – nos ativos financeiros, o que levaria os 200 trilhões de euros a cerca de 226 trilhões de euros.
Isso porque as famílias continuam querendo economizar diante das incertezas.
Um dos destaques do estudo é o aumento da classe média, que subiu mais de 5 vezes na América Latina desde a virada do milênio até agora.
Apesar desse aumento ser positivo, o grande desafio daqui para frente, segundo ele, vai ser essa classe média se manter resiliente nos próximos anos, diante dos resquícios dessa crise provocada pela pandemia.
“A América Latina trabalhou duto na última década para conseguir o aumento da classe média. Mas ainda é muito vulnerável a choques externos, como anúncio do Fed ou preço da commodities, o que pode jogar pessoas na pobreza novamente”, diz.
“Uma resiliência dessa classe media viria de se certificar que, da poupança das pessoas, seja desenvolvida uma renda”.
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