Economia
Expectativas melhores para finanças das famílias puxaram alta na confiança do consumidor
Índice subiu 1,9 ponto em abril
As perspectivas melhores para as finanças das famílias nos próximos meses impulsionaram o avanço na confiança do consumidor em abril, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV)
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,9 ponto em abril ante março, na série com ajuste sazonal, para 93,2 pontos, o segundo aumento consecutivo, informou a FGV. Em médias móveis trimestrais, o índice cresceu 0,8 ponto, após seis recuos seguidos.
“A melhora da confiança no mês foi influenciada, principalmente, pelas expectativas para os próximos meses, enquanto a percepção sobre a situação atual ficou praticamente constante entre março e abril. Entre as faixas de renda, a alta da confiança ocorreu nas faixas mais baixas, com maior magnitude na faixa 1 (renda de até R$ 2.100,00)”, disse Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
“A segunda alta consecutiva sugere uma possível reversão da desaceleração iniciada no último trimestre do ano passado, com o indicador de situação financeira futura sendo o principal impulsionador dessa melhora. No entanto, com as limitações financeiras que muitas famílias enfrentam, ainda é cedo para confirmar uma tendência mais clara de recuperação da confiança nos próximos meses”, acrescentou.
Em abril, o Índice de Situação Atual (ISA) teve ligeira redução de 0,1 pontos, para 80,6 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) cresceu 3,1 pontos, para 102,2 pontos.
Entre os componentes de expectativas para os próximos meses, as perspectivas para as finanças familiares futuras voltaram a dar a maior contribuição para a alta da confiança no mês, com crescimento de 5,4 pontos, para 106,2 pontos, maior nível desde agosto de 2023. O item que mede as perspectivas sobre a situação futura da economia subiu 2,4 pontos, para 113,0 pontos, e o ímpeto de compras de bens de consumo duráveis aumentou 1,3 ponto, para 87,1 pontos.
Quanto aos componentes que avaliam o momento atual, houve piora na percepção sobre as finanças pessoais das famílias, com queda de 0,7 ponto, para 69,2 pontos, mas melhora na avaliação sobre a economia local, alta de 0,5 ponto, para 92,3 pontos.
A abertura da pesquisa por faixas de renda mostrou avanço da confiança em dois dos quatro grupos pesquisados. O índice passou de 83,8 pontos para 90,1 pontos entre as famílias com renda até R$ 2.100, alta de 6,3 pontos, enquanto as famílias com rendimentos entre R$ 2.100,01 até R$ 4.800 tiveram elevação de 0,3 ponto na confiança, de 87,4 pontos para 87,7 pontos.
O indicador desceu de 95,9 pontos para 95,8 pontos para famílias com renda entre R$ 4.800,001 e R$ 9.600, redução de 0,1 ponto, e diminuiu de 97,2 pontos para 95,5 pontos no grupo com renda acima de R$ 9.600,01, queda de 1,7 ponto.
A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 1 e 19 de abril.
As informações são do O Dia.
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