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Economia

Dólar fechou em alta contra o real pelo sexto pregão consecutivo

Chances de mais cortes da Selic até o fim do ano corroboram perspectivas de um real ainda pressionado

O dólar fechou em alta contra o real pelo sexto pregão consecutivo nesta quarta-feira, puxado pela força da moeda no exterior e por aumento de expectativas de que o Banco Central deixará a porta aberta para mais cortes da Selic.

Os DIs aceleraram as quedas na parte da tarde, enquanto o Ibovespa ampliou os ganhos. Esse padrão de oscilação, segundo operadores, é típico de momentos de intensificação de apostas em mais reduções de juros –que levam a reprecificação no CDI e aumentam a atratividade do mercado de ações como classe de ativos para investimento.

Do lado do câmbio, chances de mais cortes da Selic até o fim do ano corroboram perspectivas de um real ainda pressionado, já que podem estender a queda nos diferenciais de juros entre o Brasil e o mundo. Ou seja, o país passa a oferecer menos retorno apesar de nível de risco (medido pelo CDS) sem queda visível.

“Nosso cenário-base é que o BC deixa a porta aberta sem compromisso explícito de cortar”, disseram analistas do Citi em nota. “O real ainda corre o risco de ter um desempenho pior, embora o corte (desta noite) esteja no preço. O câmbio é prejudicado por seu papel como moeda de financiamento e hedge durante períodos de força do dólar, bem como pelo agravamento da situação de pandemia no Brasil”.

O dólar spot subiu 0,55%, a R$ 5,261 na venda. Em seis sessões, saltou 8,36%.

Na B3, o dólar futuro avançava 0,16%, a R$ 5,2570, às 17h12.


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