Economia
Dólar fecha em alta nesta sexta e sobe 5,7% em novembro
Nesta sexta-feira, moeda norte-americana avançou 0,57%, a R$ 4,2397.
O dólar subiu nesta sexta-feira (29) em sessão volátil e marcada pela formação da Ptax, com os investidores de olho na decisão do banco central chileno de intervir no câmbio local.
A moeda norte-americana subiu 0,57%, a R$ 4,2397. Na máxima do dia, chegou a R$ 4,2412. Na mínima, marcou R$ 4,1825. Veja mais cotações.
Em novembro, o dólar acumulou alta de 5,73%. No ano, já subiu 9,43%.
Segundo Cleber Alessie Machado, operador da H.Commcor, a alta da moeda teve como pano de fundo a formação da Ptax, evento que tradicionalmente adiciona volatilidade aos negócios.
“No último dia útil sempre há formação da Ptax, e sempre há brigas”, disse ele à Reuters. “Por conta dessa mudança drástica na cotação que vimos ao longo deste mês, a disputa promete ser intensa. Hoje vamos ter muitos movimentos técnicos e especulativos sem nenhuma manchete relevante.”
O Banco Central do Chile informou na quinta-feira que intervirá no mercado de câmbio com vendas de até US$ 20 bilhões, em meio ao recente colapso da moeda local, o peso, devido à incerteza social que o país está enfrentando. A intervenção ocorrerá a partir de segunda-feira e ocorrerá até maio do próximo ano.
BC muda estratégia de atuação
A disparada da moeda nesta semana foi desencadeada por comentários do ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou que a alta do dólar pode permanecer por algum tempo. Depois da fala do ministro, os mercados começaram a forçar o patamar da moeda, em busca de sinais dos limites de intervenção do Banco Central. O BC respondeu, promovendo leilões extraordinários para atenuar os problemas de liquidez.
Entre terça e quarta, o BC realizou três ofertas líquidas de dólar à vista, informando as operações no decorrer do pregão. Mas ao final da quarta-feira, o BC anunciou estratégia diferente ao anunciar oferta líquida de até US$ 1 bilhão em moeda à vista para o pregão desta quinta-feira, em tentativa de melhorar a previsibilidade ao mercado e ajudar a acalmar a cotação do dólar.
Com os quatro leilões realizados desde terça-feira, o BC “demonstrou que está preocupado com o nível e a dinâmica do câmbio”, disse ao Valor Online Roberto Campos, sócio e gestor da Absolute Investimentos. “Até agora conseguiu equilibrar o jogo, mas também não veio com um volume muito grande para tentar segurá-lo.
Ele avalia que o risco dessa estratégia, caso prolongada, é de ameaçar o corte de 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juros (Selic), esperada para dezembro.
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