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Economia

Dólar cai a R$ 4,634 após 12 altas; Bolsa cai 4% e volta ao nível de agosto

A sexta-feira (6) foi mais um dia de tensão nos mercados por causa do coronavírus e de atuação intensificada do Banco Central no mercado de câmbio.

O dólar comercial fechou em queda de 0,36%, cotado a R$ 4,634 na venda, após 12 dias seguidos de avanço. Apesar do recuo, o dólar encerrou a semana com valorização de 3,42%, a terceira alta semanal seguida. É a maior alta percentual semanal em quatro meses, desde novembro de 2019 (-4,34%). No ano, o dólar já subiu 15,49%.

O Banco Central interveio no mercado de câmbio para tentar evitar que a moeda subisse mais uma vez, após bater recordes sucessivos. A intervenção do BC hoje foi mais forte que a dos dias anteriores. O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 4,14%, a 97.996,77 pontos, após ter tombado 4,65% ontem. É a menor pontuação de fechamento desde agosto do ano passado. Na semana, a Bolsa acumulou perdas de 5,93%, na terceira queda semanal seguida. No ano, o tombo chega a 15,26%.

O clima no mercado global era de pessimismo, em meio a preocupações sobre a real eficácia de medidas como cortes de juros para blindar as economias do surto do novo coronavírus.

“Com o impacto econômico do coronavírus grande e crescente, os formuladores de políticas nas economias avançadas estão sendo forçados a reagir”, afirmou o economista Adam Slater, da Oxford Economics, em relatório enviado a clientes.

“Mas opções monetárias e fiscais convencionais, como o recente corte emergencial das taxas pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA, podem não ser suficientes. Novas abordagens podem ser necessárias para reduzir o impacto do vírus e permitir uma rápida recuperação das perdas econômicas quando o surto desaparecer”, disse.

No Brasil, perspectivas de a desaceleração global impactar o ritmo da atividade interna têm levado economistas a revisarem estimativas para o crescimento do PIB em 2020. Foi o que fez hoje o Itaú Unibanco, por exemplo. Muitos também passam a prever corte na Selic (taxa básica de juros) ainda neste mês.


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