Economia
Índice de Confiança de Serviços cai 0,9 ponto pelo quarto mês seguido, em novembro, afirma FGV
O resultado foi puxado pela piora na percepção sobre o componente de volume da demanda atual, que caiu 3,8 pontos, para 95,9 pontos.
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 0,9 ponto na passagem de outubro para novembro, na série com ajuste sazonal, para 94,4 pontos, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, 29. O índice acumulou uma perda de 3,6 pontos em quatro meses de quedas consecutivas. Em médias móveis trimestrais, o ICS diminuiu 1,0 ponto.
“A confiança do setor de serviços caiu pelo quarto mês seguido, influenciada por piores avaliações em relação à demanda e à situação atual dos negócios. A queda foi bastante disseminada entre os segmentos do setor. A tendência de queda na taxa de juros e de redução do endividamento das famílias ainda não se reflete em uma reaceleração no setor, que ainda dependerá da melhora da confiança dos consumidores e da continuidade do bom momento do mercado de trabalho. Os empresários ainda demonstram cautela frente ao cenário macroeconômico desafiador”, avaliou Stéfano Pacini, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em novembro, o Índice de Situação Atual (ISA-S) encolheu 2,2 pontos, para 97,1 pontos. O resultado foi puxado pela piora na percepção sobre o componente de volume da demanda atual, que caiu 3,8 pontos, para 95,9 pontos. A avaliação sobre a situação atual dos negócios cedeu 0,7 ponto, para 98,2 pontos.
O Índice de Expectativas (IE-S) teve elevação de 0,6 ponto, para 92,0 pontos, após três meses de quedas. O componente que mede a demanda prevista nos próximos três meses subiu 0,9 ponto, para 92,2 pontos, maior influência positiva sobre o índice. O item que mensura a tendência dos negócios nos próximos seis meses subiu 0,2 ponto, para 91,7 pontos.
Segundo a FGV, o desempenho da confiança do setor de serviços nos últimos meses deste ano mostra uma dificuldade “de se manterem resilientes”.
“Após um início de ano positivo, o setor de serviços vem perdendo fôlego e os empresários demonstram cautela frente aos desafios macroeconômicos, como níveis elevados na taxa de juros e endividamento das famílias”, completou a FGV.
A coleta de dados para a edição de novembro da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.399 empresas entre os dias 1º e 27 do mês.
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