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Economia

Caixa Econômica suspende empréstimo consignado do Auxílio Brasil

Nova presidente do banco, Rita Serrano diz que instituição ‘não tem como arcar’ com prováveis perdas decorrentes da inadimplência com essa modalidade.

A presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, afirmou, nesta quinta-feira (12), que suspendeu o crédito consignado do Auxílio Brasil e que o banco não tem como bancar as prováveis perdas decorrentes da inadimplência com essa modalidade de crédito liberada durante o período eleitoral por Jair Bolsonaro (PL).

“O banco não tem como arcar com isso”, disse Serrano. “Decidimos suspender essa modalidade por dois motivos. O primeiro é que o governo está revendo o cadastro. Então, não seria de bom tom [manter]. O segundo é que os juros são muito elevados para essa parcela da população.”

Serrano tomou posse nesta quinta, na sede da Caixa Cultural em Brasília, em evento que contou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira-dama, Janja, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em entrevista a jornalistas, ela declarou que a Caixa e o Banco do Brasil devem ser o motor do novo programa de renegociação de dívidas, uma promessa do presidente Lula durante a campanha.

Segundo Serrano, as condições do programa estão sendo definidas pela equipe econômica e os presidentes dos bancos públicos. “Deve ser lançado em fevereiro”, disse.

O ministro da Fazenda, no entanto, declarou que o programa deve ser finalizado logo após seu retorno da viagem à Suíça, onde ele participa do Fórum Econômico Mundial, na próxima semana.

Serrano afirmou ainda que pretende renegociar com o TCU (Tribunal de Contas da União) mais prazo para devolução de R$ 20 bilhões em recursos transferidos pelo Tesouro para investimentos.

“O TCU determinou a devolução em cinco anos. O conselho aprovou e eu votei para que esse pagamento fosse feito em sete ou oito anos”, disse.

“Nos próximos dias vou ao TCU tentar mais prazo, oito anos. É demais para o banco devolver R$ 5 bilhões, em média, por ano.”


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