Economia
Bolsa brasileira aciona pela quinta vez em duas semanas ‘circuit breaker’
Bolsas do mundo inteiro operam em queda, por conta das incertezas em relação ao novo coronavírus, causador do Covid-19
A Bolsa brasileira abriu em forte queda e acionou, pela quinta vez em duas semanas, o “circuit breaker”, quando as negociações param por 30 minutos depois de perdas de 10%. Nesta segunda-feira, 16, o mercado parou ao atingir 12,53% de queda em relação ao fechamento da última sexta-feira, 13. O patamar voltou a ficar abaixo dos 75 mil pontos – 72.321,99.
Já o dólar, depois de ter fechado na sexta-feira, 13, com o maior valor nominal da história (R$ 4,81) – descontada a inflação -, iniciou as negociações desta segunda-feira, 16, cotado a R$ 4,97, alta superior a 3%, subindo ainda mais, para R$ 4,98, encostando na máxima histórica da moeda americana desde o Plano Real, que é R$ 5,02, alcançado na quinta-feira, 12.
Os primeiros momentos de negociação desta segunda têm muita volatilidade na moeda dos EUA. Após abrir em R$ 4,98, o dólar bateu na mínima do dia, a R$ 4,88, e passou a flutuar na casa de R$ 4,90. A esta altura, a disparada é de cerca de 2%.
Nas casas de câmbio, de acordo com levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, o dólar turismo é negociado acima de R$ 5, variando entre R$ 5,08 e R$ 5,15.
Os mercados globais estão em clima de tensão nesta segunda. Após o fechamento dos mercados no oriente, a maior queda na Ásia foi na Bolsa de Taiwan, com o índice TWI. Por lá, a baixa foi de 4,06% em relação ao fechamento anterior. A segunda maior foi em Hong Kong, com (-4,03%), seguido de China, (-3,40), Coreia do Sul (-3,19%) e Japão (-2,46%). No continente asiático, o único mercado a fechar em alta, mesmo que de forma muito tímida, foi o da Tailândia, com 0,06%. Na Oceania, a Austrália teve o pior resultado do oriente do mundo, despencando 9,52%.
Na Europa, o cenário é ainda mais caótico, com recuos próximos da faixa dos 10%. Na sexta-feira, 13, a Organização Mundial de Saúde (OMS), declarou que o velho continente é o novo epicentro da doença, causada pelo novo coronavírus, iniciada na China, na cidade de Wuhan, província de Hubei.
Dólar
Neste momento, há uma ação coordenada dos bancos centrais de todo o mundo para tentar diminuir os impactos da Covid-19. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), o Banco Central Europeu (BCE), o Banco do Canadá, o Banco do Japão e o Banco Nacional da Suíça divulgaram comunicado conjunto sobre a operação, que será feita por meio de um arranjo via programa de swaps. Porém, essa atuação, com estímulos monetários, não está sendo suficiente para impedir o pânico dos mercados.
O petróleo, que desde o começo da semana passada vem sofrendo quedas nos valores após uma “guerra de preços” entre Rússia e Arábia Saudita, está, nesta segunda, em queda relevante. O índice WTI, para abril, registra, às 09h04, 8,23% de queda, a US$ 29,12 o preço do barril. O Brent, para maio, tem recuo ainda maior, no mesmo horário, a (-10,16%), cotado a US$ 30,41.
Para conter o estrago na economia do coronavírus, o Federal Reserve cortou os juros para a faixa de zero a 0,25% na segunda reunião extraordinária em duas semanas. A última vez que os juros tinham caído para esse patamar foi em dezembro de 2008.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.
Faça um comentário