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Cultura

Trailer: documentário sobre descobrimento de espécies na Amazônia estreia nesta quinta

O filme “Novas Espécies – A Expedição do Século” mostra cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) explorando região intocada na busca por animais e plantas desconhecidos.

Encontrar e catalogar novas espécies da fauna e flora é um dos maiores desafios (e sonhos) dos cientistas. O documentário Novas Espécies – A Expedição do Século mostra como 42 pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) foram atrás desse objetivo. Eles passaram 25 dias na Serra da Mocidade, região isolada da floresta Amazônica, em Roraima, buscando animais e plantas desconhecidos. As informações são do site da revista Galileu.

Produzido pela Grifa Filmes e pela Globo Filmes, o longa estreia em alguns cinemas selecionados do Brasil nesta quinta-feira (28). O documentário será exibido em São Paulo, no cinema do Shopping Frei Caneca; no Rio de Janeiro, no Espaço Itaú de Cinema Botafogo; e em Manaus, no Cine Casarão. O diretor do filme é Maurício Dias, e o ator Marcos Palmeira narra as aventuras da missão, que aconteceu entre janeiro e fevereiro de 2016.

A Serra da Mocidade não tem terras planas onde pudesse pousar um avião e, por isso, os cientistas chegaram ao local por helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB). Além disso, eles ficaram acampados em áreas nunca exploradas por humanos anteriormente.

Mais de 1.500 espécies de plantas e animais foram documentadas na viagem. Do total, 95 são registros inéditos no Brasil. Além disso, ao menos 80 espécies são provavelmente novas e continuam em fase de comprovação.

“O termo ‘provável’ é usado porque uma espécie só é nova quando é publicada como tal em uma revista técnico-científica, após passar por uma revisão de profissionais imparciais”, explica Mario Cohn-Haft, pesquisador especializado em aves amazônicas, curador das coleções ornitológicas do Inpa e chefe da missão.

Depois da expedição, nove espécies já foram publicadas. São elas: um musgo (briofita), dois mosquitos (quironomídeos), um psocoptero (inseto pequeno), três efemerópteros (inseto aquático) e dois escorpiões.

Um dos escorpiões foi nomeado de Broteochactas mauriciodiasi em homenagem ao diretor do filme, Maurício Dias. O outro foi chamado de Tityus generaltheophiloi, em referência ao general do Exércico Theophilo Gaspar de Oliveira, que autorizou o apoio dos helicópteros da FAB na missão. O cientista Cohn-Haft também foi homenageado: um dos efemerópteros ganhou o nome de Miroculis cohnhafti.

Os pesquisadores ainda precisam descrever e catalogar novas espécies de sapos, lagartos, fungos, insetos, árvores e uma ave. Mas enquanto isso, de acordo com Cohn-Haft, o material coletado poderá reder pesquisas por décadas.

“Foi o maior conjunto de descobertas de espécies novas em um lugar só em meio século”, ele comenta. “Os exemplares de espécimes podem ser consultados por cientistas para sempre. Isso é uma das importâncias de museus e coleções científicas: a manutenção dos itens originais usados para o desenvolvimento da ciência e reconhecimento da biodiversidade existente no planeta.”


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