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Brasil

Teich diz que deixa plano de trabalho para auxiliar Estados e Municípios no combate à pandemia

Médico não entrou em detalhes sobre as razões da saída do Ministério da Saúde, menos de um mês depois de assumir a pasta

Sem explicar os motivos que o levaram a pedir demissão antes de completar um mês no cargo, o médico Nelson Teich afirmou, na tarde desta sexta-feira (15), que deixa um plano de trabalho para auxiliar Estados e Municípios no combate à pandemia de Covid-19. Teich assumiu a pasta no dia 17 de abril, substituindo Luiz Henrique Mandetta.

O agora ex-ministro disse que escolheu sair, que “deu o melhor” de si e que aceitou o convite “não pelo cargo”, mas “porque queria tentar ajudar as pessoas”. Ele não entrou em detalhes sobre as razões da saída. A exemplo do que aconteceu com Mandetta, havia divergências entre Teich e o presidente Jair Bolsonaro sobre temas como o distanciamento social e o uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19.

Dizendo-se “cria do sistema público”, Teich aproveitou a despedida para defender o Sistema Único de Saúde (SUS), como fez o seu antecessor.

“Deixo um plano de trabalho pronto para auxiliar os secretários estaduais e municipais a tentar entender o que está acontecendo e pensar próximos passos. Quais são os pontos que precisam ser avaliados, os pontos críticos para considerar na tomada de decisão”, declarou.

Teich elencou também o programa de testagem, que está “pronto para ser implementado”. “Isso vai ser importante para entender a situação da Covid-19, o que é fundamental para definir estratégias e ações”, acrescentou.

O ex-ministro enfatizou a importância da ida a locais muito afetados pela pandemia. “É fundamental estar na ponta, entender o que acontece no dia a dia, ver o que está sendo feito. Este entendimento foi importante para desenho de ações implementadas em seguida. Cada cidade que a gente vai a gente está melhor preparado para o desafio”, disse.

Ele lembrou que, para além das respostas à pandemia, atuou também em outros temas. “Traçamos aqui um plano estratégico. As ações foram iniciadas e (isso) deve ser seguido. É importante lembrar que durante este período temos foco total na Covid-19, mas temos um sistema que envolve várias outras doenças. Em todo tempo que a gente trabalhou e passou por este momento, todo o sistema é pensado em paralelo.”


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