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Brasil

Supermercados negam risco de desabastecimento mas pedem consumo consciente

A Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), disse que monitora a situação junto à Associação Brasileira de Inteligência (Abin) e à Presidência da República.

Mesmo após o apelo do presidente Jair Bolsonaro, que foi endossado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, os caminhoneiros continuam travando rodovias de ao menos 15 estados nesta quinta-feira (09/08).

A Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), disse que monitora a situação junto à Associação Brasileira de Inteligência (Abin) e à Presidência da República. “A informação que temos é de que os movimentos não estão ganhando força”, diz trecho de nota enviada pela entidade à revista Veja.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), também identicou atraso na entrega de cargas Em Santa Catarina: “Tivemos apenas atrasos pontuais de algumas entregas, especialmente em Santa Catarina. Hoje parece que pode piorar, mas ainda estamos avaliando”, disse Paulo Solmucci, presidente da entidade.

O Ministério da Infraestrutura comunicou que os protestos estão perdendo fôlego, mas que houve, na quarta-feira 8, “indícios de desabastecimento no norte de Santa Catarina”. Segundo informações, a situação foi contornada.

Na maioria dos locais onde há manifestações, apenas veículos de emergência e cargas de alimentos estão sendo autorizadas a seguir viagem. Apesar do cenário, entidades que representam o setor de supermercados não temem o desabastecimento dos estabelecimentos, uma vez que, segundo elas, há estoque su!ciente para suprir a demanda pelos próximos dias. Ainda assim, eles pedem o consumo consciente de produtos perecíveis (carnes, frutas, legumes e itens resfriados).

“A princípio, essa manifestação nos parece algo que não tem muita efetividade, mas a gente não sabe para onde a coisa caminha”, diz Carlos Correa, superintendente da Associação Paulista de Supermercados, a Apas. “Ainda é cedo para saber se os protestos causarão algum impacto no abastecimento, mas a área que tende a sofrer mais é a de perecíveis, que é abastecida com maior frequência, em que os produtos vêm muitas vezes do campo, e são itens extremamente relevantes para a nossa dieta diária”, disse.

Há um receio de que, caso ganhe força, a manifestação ocasione ainda mais pressão sobre o preço dos alimentos — vale lembrar que, a in”ação, bateu 9,68% no acumulado de 12 meses, segundo o IBGE. Por isso, a entidade pede que consumidores comprem apenas o necessário. “O consumo correto ajuda aos supermercados conseguirem represar novos aumentos de preços. Quando ele compra o necessário, isso ajuda o mercado e não gera pressão na cadeia”, afirma Correa.

A escalada das manifestações dos caminhoneiros, a princípio, são de apoio ao presidente Bolsonaro, que discursou, no feriado de 7 de setembro, contra ministros do Superior Tribunal Federal (STF).


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