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Brasil

Startup brasileira detecta e combate incêndios florestais na Amazônia com solução inédita

Os sensores se conectam entre si e permitem uma grande rede de proteção para a floresta, mesmo sem cobertura de internet.

Segundo o MapBiomas, somente no primeiro semestre de 2023, mais de 1,45 milhões de hectares de floresta na Amazônia foram consumidos pelo fogo. O território corresponde a dois terços da área queimada no Brasil no período. Os dados, divulgados no Monitor do Fogo, mapeamento mensal realizado pelo MapBiomas, representam um aumento de 14% de áreas degradadas.

Em Roraima, no coração da Amazônia, a startup brasileira Treeback tornou-se distribuidora exclusiva da plataforma Silvanet de detecção ultraprecoce de incêndios florestais. A solução inédita no país é desenvolvida pela startup alemã Dryad, financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, um dos principais fundos da União Europeia.

As tratativas para trazer a tecnologia para o Brasil iniciaram-se durante missão técnica Brasil/Alemanha, organizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o programa Inova Amazônia, realizado pelo Sebrae, que está com inscrições abertas para um novo ciclo, de atendimento a pessoas e empresas que ainda precisam testar suas ideias de produtos.

O CEO da Treeback, Antônio Cerqueira, explica que a plataforma Silvanet é composta por sensores de longo alcance instalados na floresta em conjunto com satélites ultra precisos que permitem a detecção de incêndios florestais de 1 a 60 minutos após a ignição. Os sensores se conectam entre si e permitem uma grande rede de proteção para a floresta, mesmo sem cobertura de internet.

Ao ser detectado pelo sensor a presença de CO2, um alerta é disparado para nosso App ou plataforma web, identificando a localização exata do princípio de incêndio florestal, possibilitando acionar precocemente os órgãos competentes, propiciando a chegada rápida de bombeiros e brigadistas.

Frutos do Inova Amazônia

A startup roraimense está em operação desde janeiro do ano passado e nasceu a partir da experiência do Inova Amazônia, programa voltado para aceleração de pequenos negócios inovadores ligados à bioeconomia. A empresa converte comissões de indicação de vendas nos maiores marketplaces brasileiros e mundiais em árvores plantadas em um verdadeiro “cashback de árvores”, segundo Antônio Cerqueira, CEO da startup.

“Nosso diferencial está na possibilidade de permitir que pessoas e empresas alinhadas às políticas ESG possam contribuir diretamente com o reflorestamento da Amazônia, sem precisar pagar nada por isso”, explica o CEO da Treeback.

Sustentabilidade em alta
Recentemente a startup lançou uma plataforma de viagens que possibilita a neutralização de carbono de viagens de férias ou de negócios de pessoas ou empresas. A empresa também se prepara para atuar com uma plataforma mais robusta e de alcance global para se conectar com mercados potencialmente favoráveis à sustentabilidade, a base do negócio. Além disso, deve iniciar uma nova base de reflorestamento no Pará. No momento o reflorestamento é feito na área amazônica, no estado de Roraima.


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