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Brasil

Sete em cada 10 brasileiros consideram impostos sobre cerveja altos, diz pesquisa

Entrevistados acreditam que aumentar carga pode limitar consumo e acesso apenas para pessoas mais ricas; regulamentação da reforma tributária propõe taxas maiores conforme teor alcoólico de bebidas

Sete em cada 10 brasileiros consideram os impostos sobre a cerveja já elevados e não desejam um aumento adicional. A preocupação surge em meio à tramitação da reforma tributária no Congresso Nacional, que vai impactar diretamente o preço da bebida.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Locomotiva sobre a tributação da cerveja, a maioria dos entrevistados (70%) acham que o governo aumentar o imposto sobre a bebida prejudica o lazer e os momentos de confraternização dos brasileiros e oito em cada 10 pessoas acham que os mais ricos vão poder pagar pela cerveja mais cara, mas os mais pobres não.

A proposta da reforma tributária implementa o imposto seletivo, também conhecido como “imposto do pecado”, que visa aumentar a carga tributária sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Neste escopo, estão inseridas as bebidas alcoólicas, incluindo a cerveja, que terão taxas maiores conforme a quantidade de álcool no produto.

O imposto será composto por uma alíquota específica baseada na quantidade de álcool e uma alíquota ad valorem, semelhante ao modelo aplicado a produtos do fumo. A definição exata das alíquotas ainda será feita por lei ordinária, o que deixa incertezas sobre o impacto final na carga tributária.

A pesquisa do Instituto Locomotiva ainda destaca a importância da cerveja na cultura e economia brasileira. Para 85% dos entrevistados, compartilhar uma cerveja com amigos é uma parte essencial da cultura nacional, e 93% são consumidores regulares. Além disso, 88% afirmam que a cerveja é a bebida mais comum em eventos sociais, e 77% acreditam que o ato de beber com amigos é melhor para a saúde mental do que passar tempo em redes sociais.

Os dados também mostram que o setor gera 2,5 milhões de empregos diretos e indiretos e a indústria contribui com R$ 27 bilhões em salários e mais de R$ 50 bilhões em impostos anualmente.

Segundo o texto, o país conta com 60,3 mil marcas de cerveja registradas e 1.847 cervejarias operando em 771 municípios.

“Os dados mostram a importância da cerveja tanto culturalmente quanto economicamente. O aumento dos impostos pode ter um impacto significativo no setor, que já enfrenta desafios”, afirma Márcio Maciel, presidente-executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv).

A pesquisa ouviu 2.050 pessoas com mais de 18 anos em todo o país, com margem de erro de 2,1 pontos percentuais. A amostra foi ponderada conforme parâmetros da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com informações do site CNN Brasil


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