Brasil
Região Norte tem piores índices no Exame Nacional do Ensino Médio, aponta estudo da UFRJ/Intituto Unibanco
Estudo diz que Eenquanto a probabilidade de um aluno branco da rede particular estar entre as notas mais competitivas do Enem é de 33%, a de um estudante preto, pardo ou indígena da rede pública é de 7%.
A região Norte registra os mais baixos resultados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tanto em notas quanto de competitividade dos estudantes para uma vaga no ensino superior. Os Estados da região tradicionalmente têm pior desempenho em avaliações educacionais, além de ter menos crianças em creche e na pré-escola, baixa escolaridade média da população adulta e mais analfabetos.
É o que aponta um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceria com o Instituto Unibanco.
A pesquisa que analisou as notas do Enem também mostrou que alunos pretos, pardos e indígenas se saem pior que brancos e amarelos mesmo estudando em escolas particulares e com nível socioeconômico parecido. A desvantagem racial aparece no desempenho na prova e também nas chances para conseguir uma vaga no ensino superior.
Enquanto a probabilidade de um aluno branco da rede particular estar entre as notas mais competitivas do Enem é de 33%, a de um estudante preto, pardo ou indígena da rede pública é de 7%.
O estudo que analisou as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entre 2013 e 2021 revela uma melhora no desempenho e na competitividade dos estudantes do Nordeste em relação ao restante do País. Em nove anos, as médias dos alunos da região tornaram-se as segundas melhores do Brasil, ficando atrás apenas das do Sudeste.
Em 2013, a média dos estudantes nordestinos era de 493 pontos, acima somente da dos alunos da região Norte. Mas, ela passou a subir e ultrapassou o desempenho registrado para estudantes do Sul e do Centro-Oeste e se consolidou apenas atrás do Sudeste em 2021, com 528 pontos.
Inscrições
O estudo mostra que o Brasil teve quase 2,3 milhões de concluintes do ensino médio em 2016 e, deste total, 1,6 milhão de alunos se inscreveram no Enem, o que representava 72% inscritos naquele ano. Essa proporção vai caindo até atingir 41,4%, em 2021, quando menos de um milhão (981 mil) dos 2,3 milhões de concluintes se candidatou à prova.
A queda na taxa de formandos inscritos foi maior na região Sudeste, mas não aconteceu apenas lá. No Centro-Oeste, a proporção de alunos no fim do Ensino Médio que fez a prova caiu de 77% para 51%; no Nordeste, de 72% para 45%; no Norte, de 66% para 34%; e no Sul de 71% também para 34%.
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