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Brasil

Região Norte registrou maior crescimento no uso da banda larga móvel, em 2019, diz IBGE

Nas Regiões Norte e Nordeste, o percentual de estudantes da rede pública que utilizaram a internet foi de 68,4% e 77,0%, respectivamente; nas demais regiões, este percentual variou de 88,6% a 91,3%.

Acesso internet celular

Em 2019, na região Norte, o percentual de domicílios com banda larga fixa era de 55,0%, muito abaixo dos resultados das demais regiões, que variaram de 77,3% a 81,4%. No uso da banda larga móvel, o maior percentual foi da região Norte (88,6%), que registrou o maior crescimento entre 2018 e 2019, de 4,5 pontos percentuais (p.p.). Os dados, divulgados nesta quarta-feira (14/04), são da PNAD Contínua do IBGE que, no 4º trimestre de 2019, pesquisou o acesso à Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

Segundo a pesquisa, na região Norte, a diferença entre o percentual de domicílios em que havia uso da banda larga móvel e o referente à banda larga fixa (33,6 pontos percentuais) foi muito maior que nas demais regiões (de 1,0 p.p a 9,8 p.p.).

Em 2019, 79,3% das mulheres no Brasil utilizaram a internet, um pouco acima do percentual apresentado pelos homens (77,1%).  O uso da internet é mais frequente entre mulheres e entre jovens de 20 a 29 anos, faixa em que as Regiões Norte (69,2%) e Nordeste (68,6%) permaneceram com resultados inferiores aos das demais, embora o seu aumento, entre 2018 e 2019, tenha sido maior (4,5 e 4,6 p.p., respectivamente).

Nas Regiões Norte e Nordeste, o percentual de estudantes da rede pública que utilizaram a internet foi de 68,4% e 77,0%, respectivamente; nas demais regiões, este percentual variou de 88,6% a 91,3%. Considerando apenas os estudantes da rede privada, o percentual de uso da rede ficou acima de 95,0% em todas as regiões, alcançando praticamente a totalidade dos estudantes nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Em 2019, 21,7% das pessoas de 10 anos ou mais de idade não utilizaram a internet, no período de referência dos últimos três meses. Para este contingente de 39,8 milhões de pessoas, os dois principais motivos apontados foram não saber usar a internet (43,8%) e falta de interesse (31,6%). Os dois motivos seguintes foram de razão econômica e representaram em conjunto, 18,0%.

O serviço de acesso à internet não estava disponível nos locais que as pessoas costumavam frequentar ainda ficou em 4,3%, sendo mais elevado na Região Norte (12,8%) e menor na Região Sudeste (2,0%), variando entre 3,2% e 3,9% nas demais regiões. Este motivo é maior em área rural (10,6%) do que urbana (1,5%).

Em 2019, o percentual de pessoas que tinham telefone móvel para uso pessoal na população de 10 anos ou mais de idade subiu de 79,3% para 81,0%. Regionalmente, os menores percentuais ocorreram nas Regiões Norte (69,7%) e Nordeste (72,4%). Nas demais os percentuais variavam de 85,7% a 87,3%. Já em relação ao sexo, 82,5% das mulheres e 79,3% dos homens tinham celular para uso pessoal.

Enquanto 92,6% dos estudantes da rede privada tinham celular para uso pessoal, este percentual era de apenas 64,8% entre aqueles da rede pública. A maior diferença (41,8 p.p.) a mais para os da rede privada ocorreu na Região Norte, devido ao baixo percentual de estudantes da rede pública com posse de celular (47,5%).

A ausência de telefone manteve-se mais elevada nos domicílios nas Regiões Nordeste (9,0%) e Norte (8,8%), enquanto nas demais não ultrapassou 3,0%. Em 2019, havia telefone fixo convencional em 24,4% dos domicílios do País, queda em relação ao de 2018 (28,4%).

A proporção de domicílios com telefone móvel celular variava de 90,5% no Nordeste a 97,1% no Centro-Oeste. Já o Sudeste tinha o maior percentual de domicílios com telefone fixo convencional (35,6%), contra apenas 8,0% e 9,3% no Norte e Nordeste, respectivamente.

Os maiores crescimentos no percentual de domicílios com conversor para receber o sinal digital de televisão aberta ocorreram nas Regiões Norte (81,5% para 87,0%) e Nordeste (76,2% para 81,4%).

Brasil

De 2018 para 2019, o percentual de domicílios em que havia utilização da internet subiu de 79,1% para 82,7%, um aumento de 3,6 pontos percentuais. Mesmo assim, em 2019, em 12,6 milhões domicílios do país não havia internet, devido à falta de interesse (32,9%), ao serviço de acesso ser considerado caro (26,2%) ou por nenhum morador saber usar a internet (25,7%).

O equipamento mais usado para acessar a internet continuou sendo o celular, encontrado em 99,5% dos domicílios que acessavam a rede. O segundo foi o microcomputador (45,1%); seguido pela televisão (31,7%) e pelo tablet (12,0%). Houve redução de 3 pontos percentuais (p.p.) no uso do microcomputador e de 1,4 p.p. no de tablet, mas alta de 8,4 p.p. no uso da televisão.

O rendimento médio per capita dos domicílios com utilização da internet (R$ 1.527) era o dobro da renda dos que não utilizavam a rede (R$ 728). O rendimento médio per capita dos que utilizavam tablet para navegar na internet (R$ 3.223) era mais que o dobro do recebido por aqueles que acessavam a rede pelo celular (R$ 1.526).

O uso da conexão por banda larga móvel passou de 80,2% em 2018 para 81,2% em 2019; já o da banda larga fixa cresceu de 75,9% para 77,9%. Apenas na região Nordeste o uso da banda larga móvel (63,8%) foi menor que o da fixa (80,4%). Entre 2018 e 2019, cresceu a proporção de domicílios com os dois tipos de banda larga (de 56,3% para 59,2%) e caiu de 23,3% para 21,4% o percentual dos que só usam conexão móvel, assim como o dos que usam só a banda larga fixa (de 19,0% para 18,1%).


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