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IBGE: Região Norte é a menos passível de deslizamentos, mostra estudo

Norte e o Centro-Oeste concentram os trechos de menor suscetibilidade a deslizamentos: Norte com 1,6% de muito alta e 6% alta e Centro-Oeste com 3,6% e 8,2%. O Nordeste aparece com 3,8% e 10,1%.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou hoje estudo inédito sobre deslizamentos no país. O mapa “Suscetibilidade a deslizamentos do Brasil: primeira aproximação, realizado sobre grade estatística composta por recortes de 1×1 quilômetro quadrado (km²), mostra que 5,7% do território nacional tem suscetibilidade muito alta a deslizamentos e 10,4% alta suscetibilidade, e as regiões Sul e Sudeste concentram a maior parte dessas áreas.

No Sudeste, 23,2% de sua área tem suscetibilidade muito alta a deslizamento e 24,6% alta suscetibilidade. No Sul, 15,6% do território tem suscetibilidade muito alta e 24,5% alta suscetibilidade a deslizamento. Já o Norte e o Centro-Oeste concentram os trechos de menor suscetibilidade a deslizamentos: Norte com 1,6% de muito alta e 6% alta e Centro-Oeste com 3,6% e 8,2%. O Nordeste aparece com 3,8% e 10,1%.

Rio de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina são as unidades da federação mais suscetíveis a deslizamento: mais da metade (53,9%) do território do Rio de Janeiro tem suscetibilidade classificada como muito alta, seguido por Espírito Santo (44,9%) e Santa Catarina (33,7%). O mapa e a publicação com os resultados do estudo podem ser acessados nesta página.

O estudo leva em consideração seis aspectos: Geologia, Geomorfologia, Pedologia, Cobertura e uso da terra e Vegetação, Declividade e Pluviosidade. Após analisar os mapas de cada um deles e determinar critérios de importância, chegou-se a um mapa final que demonstra a suscetibilidade de deslizamentos de todo o país, a partir de cinco intervalos de classificação: muito baixa, baixa, média, alta e muito alta suscetibilidade.

A declividade da área teve o maior peso no cálculo, ou seja, é o critério que mais contribuiu para a suscetibilidade a deslizamentos. Nesse sentido, Sul e Sudeste concentram as maiores áreas de suscetibilidade alta ou muito alta a deslizamento, por serem regiões serranas ou planálticas edificadas em terrenos geológicos de grande mobilidade e fragilidade crustal.

Episódios recentes ocorridos nos estados de Santa Catarina, em 2008, e no Rio de Janeiro (Ilha Grande/Angra dos Reis em 2009, Niterói em 2010 e Região Serrana em 2011) ilustram os danos gerados por deslizamentos no país. Ambas unidades da federação estão entre as que apresentam os números mais elevados.

Devido às características do meio físico, clima tropical e à alta pluviosidade, o Brasil apresenta um conjunto de fatores que favorece, em algumas regiões, o desencadeamento de fenômenos de deslizamentos. Soma-se ainda a esse cenário uma dinâmica de uso e ocupação da terra muitas vezes desordenada, o que potencializa a incidência de deslizamentos e agrava seus impactos.

O mapa “Suscetibilidade a deslizamentos do Brasil: primeira aproximação”, feito sobre grade estatística composta por recortes de 1×1 km², faz parte do 2º volume da coleção “Macrocaracterização dos Recursos Naturais do Brasil”. A publicação tem por objetivo contribuir para o fomento de outras pesquisas para diminuição do impacto dos deslizamentos para populações mais sensíveis.


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