Conecte-se conosco

Brasil

Rebeca Andrade é indicada ao Prêmio Laureus, o “Oscar do Esporte”

Maior premiação do esporte indica ginasta brasileira em categoria que premia as grandes viradas na carreira.

rebeca-andrade-e-indicada-ao-p

Se até domingo era Fernanda Torres, a partir desta segunda-feira, 3/3, a expectativa é por Rebeca Andrade. A ginasta é uma das indicadas ao Prêmio Laureus, troféu que ficou conhecido como o “Oscar do Esporte” ao longo dos seus 25 anos de existência —que serão completados na cerimônia de 2025 em abril, em Madri, na Espanha.

A brasileira foi nomeada uma das cinco concorrentes ao prêmio de maior “comeback” (retorno) do ano, ou seja, o atleta que impressionou o mundo com uma inesperada volta por cima.

— Eu passei por oito cirurgias, três delas no ligamento cruzado anterior (joelho direito), longos processos de recuperação, incertezas, angústia… Mas foi o apoio, a confiança e o carinho da minha família, da minha equipe e das meninas que me mantiveram em frente. Eu não desisti e hoje tenho seis medalhas olímpicas. Espero que a minha história sirva de inspiração para pessoas que sofreram lesões que ameaçaram suas carreiras, que passaram por momentos difíceis na vida, a continuarem lutando contra os obstáculos e a alcançarem o sucesso — disse Rebeca, que conquistou um ouro, duas pratas e um bronze na Olimpíada de Paris em 2024, ano da avaliação para o prêmio que será entregue no dia 21 de abril.

As conquistas olímpicas mais recentes na França e sua popularidade mundial durante a competição — especialmente na cena do pódio ao lado de Simone Biles e Sunisa Lee— fazem Rebeca uma das favoritas na categoria. Os membros da Academia escolherão entre a brasileira e outras quatro grandes histórias do esporte.

O nadador americano Caeleb Dressel, que passou oito meses fora da piscina para priorizar sua saúde mental antes de conquistar três medalhas em Paris; a esquiadora alpina suíça Lara Gut-Behrami, que venceu seu segundo título da Copa do Mundo oito anos após o primeiro; o motociclista espanhol Marc Márquez, que pôs fim a uma seca de vitórias de 1.000 dias após uma lesão no braço em 2020, que exigiu quatro operações e o levou a contemplar a aposentadoria; o jogador de críquete indiano Rishabh Pant, que voltou a jogar pela seleção da Índia 629 dias após um acidente de carro que ameaçou sua vida; e a nadadora australiana Ariarne Titmus, a primeira mulher em quase cem anos a defender o título olímpico dos 400m após a remoção de um tumor no ovário, são os concorrentes de Rebeca.

Se depender de Nadia Comaneci, ex-ginasta que nunca escondeu o carinho por Rebeca, o prêmio, no entanto, pode acabar vindo para o Brasil.

— A Rebeca é uma inspiração, não apenas para a comunidade da ginástica e para os jovens que estão crescendo no Brasil, mas também para os fãs de esportes ao redor do mundo. Lesões fazem parte do esporte de elite, mas voltar de três lesões no LCA para conquistar múltiplas medalhas olímpicas é algo realmente incrível — disse a romena, que faz parte da Academia do Laureus.

O Brasil já venceu o Laureus nesta categoria, mas faz tempo: em 2003, quando Ronaldo foi laureado pela superação após cirurgia no joelho e o título da Copa do Mundo de 2002. De lá para cá, nomes como Serena Williams(2007), Michael Phelps (2017) e Simone Biles, no ano passado, venceram. A ginasta americana, que duelou com Rebeca em Paris, é uma das favoritas ao prêmio principal entre as mulheres em 2025, o de Atleta do Ano, que também tem indicação da jogadora de futebol espanhola Aitana Bonmatí, vencedora em 2024, da tenista Aryna Sabalenka, e de três mulheres do atletismo: Faith Kipyegon, Sydney McLaughlin-Levrone e Sifa Hassan.

Entre os homens, o prêmio principal ficará entre o nadador francês Léon Marchand, Mondo Duplantis, sueco do salto com vara, o tenista Carlos Alcaraz, o campeão mundial de Fórmula 1 Max Verstappen e o ciclista Tadej Pogacar. O tenista italiano Jannik Sinner, que cumpre suspensão de três meses por doping, ficou fora da premiação.

O Real Madrid, o Boston Celtics, a McLaren, a equipe feminina do Barcelona e as seleções masculinas de futebol da Espanha e de basquete dos EUA concorrerão ao prêmio de Time do Ano.


Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

quatro + dezessete =