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Radar que detecta motorista infrator a 100 metros de distância já está em 24 estados, diz fabricante

Os equipamentos já conseguem detectar, se necessário, o número de pessoas dentro dos veículos e comportamentos como o uso de celular.

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A tecnologia dos radares inteligentes Doppler, que foi testada para fiscalização de trânsito inicialmente em estados como São Paulo e Paraná, agora se expande por todo o Brasil.

De acordo com a empresa Velsis, fabricante do equipamento, este tipo de radar pode multar até 100 metros de distância e já está operando em 24 estados brasileiros. A tecnologia busca acabar com o ‘migué’ de maus motoristas que andam acima do limite de velocidade e reduzido apenas próximo à fiscalização.

Como funcionam os radares Doppler

Os equipamentos conseguem registrar tudo o que estiver até uma distância de 100 m antes e 50 m depois do seu ponto de instalação com muita precisão, diferentemente dos radares que utilizam apenas sensores no chão. Consegue detectar justamente aqueles que freiam em cima do radar e que aceleram bruscamente depois que passam do ponto de instalação.

Esses radares emitem ondas eletromagnéticas que são refletidas pelos veículos em movimento . A partir da análise da frequência dessas ondas, o equipamento calcula a velocidade exata do automóvel.

Com o uso do doppler é possível capturar informações referentes à presença e tempo de passagem dos veículos , permitindo registrar informações estatísticas e as infrações de trânsito como, por exemplo, veículos acima da velocidade permitida, parada sobre faixa de pedestres, avanço de semáforo no vermelho , fluxo em contramão e conversão proibida.

Os equipamentos já conseguem detectar, se necessário, o número de pessoas dentro dos veículos e comportamentos como o uso de celular.

O objetivo não é apenas medir a velocidade, mas também o veículo está fazendo errado. Em conformidade com as disposições da resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), os radares devem ser todos homologados pela portaria do Inmetro e são aferidos periodicamente. O sistema capta altas distâncias e atende até quatro faixas de carros.

“Os sensores têm alcance de centenas de metros e monitoram todo o trajeto percorrido pelo veículo, permitindo aos agentes públicos monitorar e avaliar tendências de comportamento dos condutores, bem como autuar – se houver desrespeito e legislação vigente”, explica Guilherme Araújo, presidente da Velsis , empresa que já possui ao todo mais de 1.699 faixas monitoradas e 731 equipamentos instalados em diferentes cidades.

Apenas no estado de São Paulo, já há mais de 1.500 radares em operação em estradas e trechos urbanos de municípios, segundo a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). Entre as rodovias paulistas existem modelos doppler em Washington Luís (SP-310), Luiz de Queiroz (SP-304), Comandante João Ribeiro de Barros (SP-225), César Augusto Sgavioli (SP-261), Irineu Penteado (SP- 191) e na Assis Chateaubriand (SP-425).

Está em processo de licitação para serem instalados ainda mais 649 novos pontos, sendo que 536 terão reconhecimento óptico, que serão distribuídos em rodovias de 14 regiões do estado.


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