Brasil
IBGE: produção industrial de eletroeletrônicos e de motocicletas tiveram avanço em julho
Na passagem de junho para julho, setores industriais com grande concentração de produção na Zona Franca de Manaus registraram crescimento.
Em julho de 2020, a produção industrial cresceu 8,0% frente a junho de 2020 (série com ajuste sazonal), com três meses seguidos de alta. O crescimento, porém, ainda não foi suficiente para eliminar a perda de 27,0% acumulada em março e abril, que levaram o patamar de produção ao seu ponto mais baixo da série. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na passagem de junho para julho, setores industriais com grande concentração de produção na Zona Franca de Manaus registraram crescimento. A produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos cresceu 13,8%. Na comparação com igual mês de 2019, a produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos cresceu 9,1%. A de motocicletas cresceu 6,6%, o setor de eletrodomésticos da “linha branca”, cresceu 28,7%, o da “linha marrom” 27,3% e o de motocicletas 6,6%.
Os produtos da linha branca são os eletrodomésticos de maior porte, como geladeiras, fogões, fornos micro-ondas, ar condicionados, freezers, lavadoras, fogões, secadoras, lava louças, condicionadores de ar, micro-ondas, bebedouros, coifas, mini adegas, purificadores de água, entre outros.
Os da linha marrom são os os aparelhos eletrônicos de uso doméstico, para informação e entretenimento, como TVs e equipamentos de áudio e vídeo, como DVD, Blu-Ray, home-theaters, auto rádios, câmeras digitais, caixas acústicas, videogames, entre outros.
A atividade industrial nacional registrou três meses seguidos de crescimento. Assim, eliminou parte da perda de 27,0% acumulada em março e abril, momento de agravamento dos efeitos do isolamento social por conta da pandemia da Covid-19, que afetou o processo de produção em várias unidades produtivas no país.
Recuo no ano
Apesar da 3ª alta consecutiva, o resultado de ainda não foi suficiente para eliminar a perda de 27% acumulada em março e abril, que levou o patamar de produção ao seu ponto mais baixo da série. A indústria ainda está 6% abaixo do nível pré-pandemia de coronavírus.
O avanço registrado em julho também representa uma desaceleração em relação ao crescimento de 8,7% de maio e de 9,7% de julho, segundo dados revisados pelo IBGE.
O acumulado no ano, frente a igual período de 2019, recuou 9,6%, com resultados negativos em 4 das 4 grandes categorias econômicas, 20 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 74,0% dos 805 produtos pesquisados.
Entre as atividades, a dos Veículos automotores, reboques e carrocerias (-42,1%) exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria. Mas cabe destacar também as contribuições negativas dos ramos de Metalurgia (-15,1%), de Confecção de artigos do vestuário e acessórios (-36,4%), de Máquinas e equipamentos (-15,7%), de Couro, artigos para viagem e calçados (-33,7%), de Produtos de borracha e de material plástico (-11,3%), de Produtos de minerais não-metálicos (-11,6%), de Outros equipamentos de transporte (-33,2%), de Produtos de metal (-9,7%), de Produtos têxteis (-19,8%), de Bebidas (-8,1%), de Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,0%), de Indústrias extrativas (-2,2%) e de Outros produtos químicos (-4,4%).
Por outro lado, entre as seis atividades que apontaram ampliação na produção, as principais influências no total da indústria foram registradas por Produtos alimentícios (4,9%) e Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,8%).
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os sete primeiros meses de 2020 mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-33,8%) e bens de capital (-20,3%), pressionadas, em grande parte, pela redução na fabricação de Automóveis (-49,4%) e Eletrodomésticos (-8,4%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (-35,5%) e para fins industriais (-15,7%), na segunda.
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