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Presidente Lula demite Nísia Trindade, confirma Padilha na Saúde e dá início a reforma ministerial

Lula se reuniu com Nísia durante a tarde e comunicou a interlocutores que efetivou a mudança

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José Cruz/Agência Brasil

O presidente Lula (PT) demitiu nesta terça-feira (25) a ministra da Saúde, Nísia Trindade, após uma breve conversa entre os dois no Palácio do Planalto. Ela será substituída por Alexandre Padilha, que deixa a Secretaria de Relações Institucionais e abre caminho para o início da reforma ministerial.

Lula se reuniu com Nísia durante a tarde e comunicou a interlocutores que efetivou a mudança.

Padilha já chefiou a pasta no governo Dilma Rousseff (PT). A saída de Nísia também reduz, ao menos por enquanto, a quantidade de mulheres na Esplanada do petista: agora, elas chefiam 9 de 38 ministérios.

Mais cedo, Nísia participou de cerimônia ao lado de Lula com autoridades para anunciar acordo para a produção de 60 milhões de doses anuais da vacina contra a dengue pelo Instituto Butantan. Funcionários do ministério encheram o salão do Palácio do Planalto. Aplaudiram a ministra quando sua presença foi anunciada. Ela também fez menção aos secretários da pasta.

Como a Folha antecipou na semana passada, Lula já havia avisado a aliados que substituiria a ministra. A gestão de Nísia vinha sendo alvo de queixas de integrantes do Congresso, de membros do Palácio do Planalto e do próprio presidente, que chegou a fazer cobranças pela falta de uma marca forte na área.

Ex-presidente da Fiocruz, Nísia entrou no cargo no começo do governo, com perfil técnico. Sua atuação, no entanto, foi marcada por críticas, crises sanitárias e a pressão do centrão para ampliar o controle sobre o orçamento da pasta.

Em 2024, ela chegou a se emocionar e deixar uma reunião ministerial após o presidente da República ter feito uma cobrança para que ela começasse a “falar grosso”. No mês seguinte, Lula fez um gesto à aliada, dizendo que ela fala “com a alma e a consciência das pessoas”.

A mudança de Nísia ocorre num momento de baixa popularidade do governo federal. Há uma avaliação no Palácio do Planalto de que, nesse contexto, a pasta da Saúde tem potencial para apresentar e implementar políticas públicas de maior visibilidade, entre eles o Mais Acesso a Especialistas.

O programa promete reduzir filas e ampliar o acesso da população a exames e consultas especializadas nas áreas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. Auxiliares de Lula apostam que, sob nova direção, essa iniciativa pode ser uma vitrine e virar uma marca da gestão petista.

Leia a reportagem completa na Folha.


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