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Polícia italiana entrega, nesta semana, imagens do caso da agressão ao ministro Alexandre de Moraes

As imagens já foram preservadas e serão solicitadas pela adidância da PF na Itália por cooperação internacional.

Suspeitos da agressão. (Foto:Reprodução).

A polícia italiana entregará ainda nesta semana à Polícia Federal do Brasil as imagens do circuito interno de TV do aeroporto de Roma que captaram o episódio da agressão ao ministro Alexandre de Moraes, na última sexta-feira,14/7.

As imagens já foram preservadas e serão solicitadas pela adidância da PF na Itália por cooperação internacional nesta segunda-feira. As informações são do jornal O Globo.

Elas deverão servir para que a PF elimine a divergência entre as versões do próprio ministro, que fez uma representação à PF relatando o episódio, e os três acusados de agressão: o empresário Roberto Mantovani Filho, sua mulher, Andreia Munarão, e o genro do casal, o corretor de imóveis Alexandre Zanatta.

Neste domingo, os três contaram uma história diferente sobre o que aconteceu no aeroporto no início da noite de sexta.

No relato à PF, Moraes afirmou que a confusão começou quando Andreia Munarão se aproximou dele e o chamou de “bandido, comunista e comprado”.

Em seguida, Mantovani teria passado a gritar e dado um tapa nos óculos do filho do ministro, que também se chama Alexandre. Depois disso, os agressores teriam seguido a família até a sala VIP do aeroporto, onde a discussão continuou.

O ministro não estava com escolta policial no momento da abordagem. Ele voltava de uma palestra na Universidade de Siena, onde participou de um fórum internacional de direito.

Moraes contou ainda que alertou o grupo de que tiraria fotos de todos eles e representaria à PF, e incluiu as fotos no documento.

Os três, mais o filho de Mantovani que teria ajudado a conter as agressões, foram intimados a depor neste domingo (16), mas só Zanatta compareceu.

À PF, ele afirmou que não estava presente no início da discussão e disse que só foi chamado quando a situação já estava praticamente resolvida. Zanatta disse ainda que não ofendeu ninguém.

Já Mantovani e Andreia não prestaram depoimento, alegando que estavam em um compromisso fora de Piracicaba quando foram intimados a depor pela Polícia Federal da cidade.

Contudo, eles divulgaram uma nota dizendo não ter ofendido e nem agredido Moraes, mas teriam sido confundidos com outras pessoas. Segundo eles, por causa dessa “confusão interpretativa” houve um “nasceu um desentendimento verbal entre ela e duas pessoas que acompanhavam o Ministro”.

A nota diz ainda que “diante dessa discussão, que ficou acalorada diante das graves ofensas direcionadas a Andréa, Roberto, que tem mais de 70 anos, precisou conter os ânimos do jovem ofensor”.

Ou seja: o casal sugere que quem os agrediu fisicamente foi o filho de Alexandre de Moraes e não o contrário.

Esse é o tipo de divergência que as imagens do circuito interno do aeroporto poderão esclarecer, já que até agora ainda não apareceram imagens do episódio em si. O grupo do ministro tirou fotos de Mantovani, Andreia e Zanatta, mas não chegou a filmar a confusão.

De acordo com fontes da PF, o pedido para a cooperação internacional já foi apresentado à polícia italiana e eles podem até entregar as imagens do aeroporto já nesta segunda-feira.

Conforme o resultado da apuração, os três poderão ser indiciados por crimes contra a honra, agressão e até por atos antidemocráticos.

De acordo com a PF, mesmo tendo ocorrido no exterior, os crimes podem ser apurados no Brasil.

No ano passado, o TSE decidiu reforçar a segurança de todos os seus integrantes, inclusive dos ministros substitutos, em meio ao recrudescimento dos ataques de Jair Bolsonaro contra o sistema eleitoral, conforme informou a coluna.


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