Brasil
Polícia Federal reprime o tráfico internacional de pessoa para prostituição na fronteira norte da Amazônia
A vítima, que residia em Florianópolis (SC), segundo a PF, teve suas passagens aéreas pagas pela investigada e, ao desembarcar em Roraima, foi levada para Georgetown, na Guiana, e inserida em uma rede de prostituição.
A Polícia Federal (PF) informou que, na manhã desta segunda-feira (o4/11), cumpriu um mandado de busca e apreensão RR) visando combater o tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual em bares e boates na Guiana, no extremo norte da Amazônia brasileira.
O procedimento investigatório teve como início a declaração da mãe da vítima, que informou que sua filha adolescente foi aliciada por uma mulher venezuelana, que ofereceu emprego em um empresa em Boa Vista.
A vítima, que residia em Florianópolis (SC), segundo a PF, teve suas passagens aéreas pagas pela investigada e, ao desembarcar em Roraima, foi levada para Georgetown, na Guiana, e inserida em uma rede de prostituição.
A PF por sua representação na Guiana, descobriu que a adolescente havia sido resgatada pelas autoridades policiais locais e encaminhada a um abrigo para moças vítimas de exploração sexual.
Para tentar identificar como funciona o esquema de tráfico de mulheres e encontrar outras vítimas, a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão em Boa Vista na casa da mulher suspeita de aliciar a adolescente.
“Ela explicou que tinha sido levada contra sua vontade e que não conseguia retornar. Foi aí que a mãe fez a denúncia”, detalhou o delegado da PF que atua no caso, Thiago Pereira da Silva, titular da Delegacia de Direitos Humanos e Defesa Institucional.
Segundo a investigação, a adolescente foi aliciada por meio das redes sociais com a promessa de trabalhar como babá em Boa Vista. “Elas se conheciam pelas redes sociais, que foi a plataforma utilizada para realizar o aliciamento”, disse o delegado.
“O que sabemos até agora é que esse grupo opera principalmente no âmbito local. No caso dessa vítima, ela já tinha um contato prévio com a aliciadora, que se aproveitou disso para convencê-la a vir para Roraima com a promessa de um trabalho como cuidadora de crianças”, disse o delegado.
PF iniciou tratativas com autoridades da Guiana para que a vítima retorne ao Brasil.
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