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Brasil

Polícia Federal prende o ex-ministro general Braga Netto

Operação cumpre mandados por obstrução à Justiça no inquérito que apura plano de golpe.

Ministro da Defesa, general Walter Braga Netto. (Foto:Reprodução/Internet)

A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã deste sábado (14/12) o general Braga Netto, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro e candidato a vice na chapa do ex-presidente em 2022.

Braga Netto foi preso em sua residência no Rio de Janeiro dentro das investigações que apuram a tentativa de golpe de estado.

O ex-ministro se encontra na sede da Polícia Federal do Rio de Janeiro fazendo corpo de delito e a tendência é que seja encaminhado para o Quartel da 1ª Divisão do Exército na Vila Militar, zona oeste do Rio de Janeiro.

Braga Netto é alvo de inquérito que investiga um plano de golpe de Estado. A PF também faz buscas na casa do ex-ministro. Os mandados de prisão preventiva e busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Ele foi preso em Copacabana, no Rio, e ficará sob custódia do Exército. A PF também cumpre dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar contra “indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas”.

Assessor de Braga Netto também é alvo da operação. Agentes cumprem mandado de busca e apreensão na casa do coronel Peregrino em Brasília. Ele também está proibido de manter contato com os demais investigados.

Investigação aponta Braga Netto como chefe do grupo que planejou intervenção militar. Ele teria aprovado e financiado um plano para matar o presidente Lula (PT), seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Moraes. O general é um dos 37 indiciados pela PF.

Braga Netto foi ministro de Jair Bolsonaro, que seria o beneficiário final do golpe. O militar também concorreu a vice-presidente na chapa de Bolsonaro e era apontado com um dos aliados mais fiéis.

Advogados do general negam que ele tenha coordenado uma tentativa de golpe.Em nota divulgada na semana passada, a defesa diz que Braga Netto não tratou de um suposto golpe e “muito menos do planejamento para assassinar alguém”.


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