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Polícia Federal investiga explosões na praça dos Três Poderes como ato terrorista

Cinto com explosivos do autor foi identificado por robô e removido por policial com traje antibomba.

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O inquérito foi aberto ainda na noite de ontem. Segundo nota da PF divulgada cerca de duas horas após as explosões, um inquérito policial seria instaurado para apurar os ataques.

PM diz que achou mais bombas em casa de autor

A polícia diz que o local onde o autor da explosão se abrigou era “ambiente confinado”. Segundo o major Raphael Broocke, da PM do DF, policiais entraram no local e fizeram uma varredura mais cuidadosa do que os trabalhos na praça dos Três Poderes. “Ali o cuidado é muito maior porque envolve outras residências. É um ambiente confinado. Então os policiais estão tendo um cuidado redobrado, muito maior do que o cuidado que se teve aqui”, afirmou Broocke.

Casa onde foi realizada busca faz parte do conjunto de quatro kitnets. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o imóvel era privado pelo homem que detonou as bombas e essas buscas na residência foram feitas por volta das 22h desta quarta-feira (13) pela polícia. Os relatos de policiais são de que o local tinha muita bagunça e vários objetos espalhados.

Cinto com explosivos do autor foi identificado por robô e removido por policial com traje antibomba. O major Broocke disse que as bombas não foram retiradas pelo robô em razão de uma “limitação operacional” do equipamento da PM. Por isso, um policial precisou se aproximar para fazer o corte dos fios que conectavam o cinto aos explosivos. “Foi uma operação muito delicada e justamente para evitar que ocorram novas explosões”, afirmou o porta-voz da PM.

A PM também monitora locais onde o autor das bombas passou para verificar se há mais explosivos. “Está sendo feito monitoramento dos locais que ele passou para que as equipes consigam se aproximar ao máximo das possibilidades de ele ter bomba colocada em outras regiões, mas tudo em investigação ainda”, acrescentou Broocke.

Corpo em frente ao STF foi recolhido às 9h05, quase 14 horas depois da explosão, e liberado para o IML. A perícia no local terminou na manhã desta quinta-feira (14). Francisco Wanderley Luiz se mudou da entrada do STF por volta das 19h30 de ontem e ativou os explosivos que tinham no corpo . Segundo o relato de uma segurança da Suprema Corte, o homem circulou pelo local com “atitude suspeita” e deitou no chão para esperar as bombas explodirem . Um carro também explodiu no estacionamento da Câmara.

A Praça dos Três Poderes está com segurança reforçada na manhã desta quinta-feira (14). Na Esplanada dos Ministérios, policiais instalaram grades para proteger os prédios e viaturas estão estacionados nas ruas com agentes fazendo a vigilância dos arredores. No Palácio do Planalto, o Exército está de plantão na entrada para fazer a proteção do local. As Forças Armadas foram acionadas pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

As explosões ocorreram por volta das 19h30 de quarta-feira (13). Uma varredura será feita nos prédios da Câmara e do STF nesta quinta-feira — as atividades deverão ser retomadas a partir das 12h. O Senado Federal suspendeu os trabalhos.

Luiz teria circulado pelo anexo 4 da Câmara durante o dia, segunda informação dada aos deputados pelo chefe de segurança da Casa . O local abriga a maioria dos gabinetes dos parlamentares. A entrada no prédio é liberada para qualquer pessoa. Os visitantes precisam passar por um detector de metal, mas não há revistas.

A Câmara estava em votação no momento da explosão no estacionamento. Os deputados discutiram a PEC que amplia a imunidade tributária das mercadorias. Com a notícia das explosões, os parlamentares reclamaram da continuidade da sessão apesar da “banalização da violência e dos ataques de 8 de Janeiro”, em referência aos atos ocorridos também na praça dos Três Poderes.

Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) suspendeu sessão às 21h14 após a confirmação da morte. O deputado manteve os trabalhos até o horário com o argumento de que estava “aguardando o chefe da Segurança da Câmara dos Deputados”.

O STF divulgou uma nota dizendo que “ministros foram retirados do prédio em segurança”. A Corte afirmou que “dois fortes estrondos foram ouvidos”. A sessão do Supremo foi sobre operações policiais nas favelas do Rio. A sessão contou com autoridades e representantes da sociedade civil. Por isso, o plenário estava mais cheio do que o normal — na hora das explosões, muitos ainda estavam no prédio.


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