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Operação no Rio de Janeiro vazou; mortes começaram antes de incursão em favelas, informa

O documento aponta que, mesmo com a informação de que a organização criminosa sabia da operação, os trabalhos foram mantidos

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Tânia Rego/Ag. Brasil

Um boletim de ocorrência aponta que a megaoperação realizada no Rio contra a facção Comando Vermelho (CV), na última terça-feira, 28, vazou horas antes de acontecer. Isso porque policiais militares em patrulhamento trocaram tiros com suspeitos. Dois deles foram baleados e relataram ser chefes da organização criminosa no Espírito Santo. A dupla ainda informou que estava fugindo porque sabia da ação que estava prestes a acontecer. As informações são do UOL.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o caso ocorreu por volta de 1h de terça. Os policiais estavam em patrulhamento de rotina na estrada Ademar Bibiano, em Del Castilho, quando viram cerca de 20 motos saindo do Alemão.O grupo fugiu em direção à Avenida Itaoca ao perceber a presença das autoridades e passaram a trocar tiros com os policiais próximo à estação Bonsucesso, da SuperVia. Com os suspeitos, foram encontrados um fuzil, uma pistola e três granadas caseiras.
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“Os demais elementos se evadiram em direção à comunidade de Manguinhos”, aponta o documento. Logo depois, os dois baleados teriam se identificado como chefes do CV e contaram que estavam fugindo da operação. Os dois baleados foram socorridos na viatura para o Hospital Salgado Filho, quando “ainda apresentavam sinais vitais”, mas não resistiram.

“Vale ressaltar que os criminosos informaram que eram oriundos do Espírito Santo, onde eram lideranças da facção Comando Vermelho daquela unidade da federação. Disseram também que estavam saindo do Cpx [complexo] do Alemão, por conta da informação vazada de que haveria operação policial nas comunidades daquele complexo”, diz o boletim.

O documento aponta que, mesmo com a informação de que a organização criminosa sabia da operação, os trabalhos foram mantidos. A incursão de 2.500 policiais foi feita por volta das 6h e resultou em 121 mortes, sendo 117 suspeitos e quatro policiais, de acordo com o governo estadual.A ação é considerada a mais letal da história do Rio e superou a chacina policial no Jacarezinho (Zona Norte) em maio de 2021, quando 28 pessoas foram mortas em conflito com as forças do Estado – contando o óbito de um policial.

O site procurou a Secretaria de Estado de Segurança Pública, mas não teve retorno até o momento.

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