Brasil
ONGs são “Estado paralelo” na Amazônia, diz ex-ministro de Dilma e Lula, Aldo Rabelo, à CPI
Convidado do colegiado desta terça (11/7) afirma que ONGs defendem interesses internacionais.
Convidado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as ações das ONGs na Amazônia, nesta terça-feira (11/7), o ex-ministro Aldo Rebelo afirmou que conhece a região há pelo menos 40 anos e que no bioma “convivem três Estados paralelos”.
Aldo Rebelo é um jornalista, escritor e político brasileiro, filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Foi deputado federal por São Paulo durante cinco mandatos pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), sendo presidente da Câmara dos Deputados entre 2005 e 2007.
Durante os governos Lula e Dilma Rousseff, foi ministro da Defesa, da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Esporte e de Coordenação Política e Assuntos Institucionais.
“Me surpreende negativamente a situação que eu percebi. A Amazônia hoje, principalmente a profunda, é a área do nosso país onde convivem três Estados paralelos”, disse Rebelo.
Segundo o também ex-deputado, o primeiro seria o oficial, com agências e órgãos que seriam “anêmico, débil e deficitário em tudo” . O crime organizado e o narcotráfico seria outro poder vigente na área, que se disseminou pela Amazônia, “dominando rios como vias de acesso para o tráfico nacional e internacional e ampliando o seu poder social e econômico”.
“Estado paralelo”
O terceiro “é o estado paralelo das ONGs, governando a Amazônia de fato, governando com o auxílio do estado formal brasileiro, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, do Ibama, da Funai, desse Ministério que criaram agora dos povos indígenas, esse consórcio de agências do Estado brasileiro”.
Para ele, o foco das organizações é garantir interesses de outros países no bioma. “Essas ONGs são apenas um instrumento, os interesses que elas representam estão lá fora. Se alguém perguntar se isso não é teoria da conspiração, a história da Amazônia é de conspiração, a Amazônia é cobiçada antes de ser conhecida”.
Entre os requerimentos que também serão votados pelos parlamentares, está o que pede à Polícia Federal a disponibilização de um delegado federal para dar apoio técnico investigativo à CPI.
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