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Observatório prevê ótima visibilidade para a chuva de meteoros

Observatório Nacional prevê ótima visibilidade para a chuva de meteorosObservatório Nacional

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A chuva de meteoros Orionídeas (Orionids, em inglês) atingirá sua máxima atividade esta semana, com pico previsto para as noites de 21 para 22 e 22 para 23 de outubro. A visibilidade no Brasil será excelente em todo o território, com o melhor horário de observação sendo da meia-noite ao amanhecer.

De acordo com o astrônomo Dr. Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional (ON/MCTI), essa chuva possui meteoros rápidos, brilhantes e que muitas vezes deixam trilhas luminosas no céu. Os meteoros podem chegar a 66 quilômetros por segundo, o que é considerado extremamente rápido.

O nome desta chuva de meteoros faz referência à constelação de Órion, o Caçador, de onde os meteoros parecem “nascer” perto da estrela Betelgeuse. No entanto, os meteoros podem surgir em qualquer parte do céu.

“A boa notícia é que todo o Brasil pode observar. O radiante em Órion é visível de norte a sul, com leve vantagem no Norte/Nordeste, onde ele sobe mais alto. Mesmo no Sul, é um show garantido”, destaca o Exoss.

O pico das Orionídeas, entre 21 e 22 de outubro, coincide com a Lua Nova apenas 2% iluminada e se pondo cedo. Isso significa céu escuro durante toda a noite, o que favorece a observação da chuva de meteoros Orionídeas. Em seu pico, sob condições ideais, os observadores podem esperar ver de 15 a 20 meteoros por hora.

Passagem do cometa Halley

As Orionídeas resultam da passagem da Terra através dos detritos deixados pelo cometa Halley, que só visita a Terra a cada 75-76 anos. Ao entrar na atmosfera, esses fragmentos queimam e criam os traços luminosos que vemos no céu. O período de atividade deste fenômeno astronômico vai de 2 de outubro a 12 de novembro, segundo o Exoss, quando a Terra atravessa a parte mais densa e empoeirada desses detritos.

A chuva de meteoros Orionídeas é a segunda chuva de meteoros criada pelo Cometa Halley. A Eta Aquariids, em maio, é a outra chuva criada por detritos deixados pelo cometa.

Como observar as chuvas de meteoros?

Você não precisa de nenhum equipamento especial nem de muita habilidade para observar uma chuva de meteoros. Mas para tentar observar as chuvas é necessário estar em um local com baixa poluição luminosa.

Recomenda-se que o observador procure um local escuro, se possível afastado das grandes cidades, para evitar a poluição luminosa. Além disso, deve-se apagar as luzes em volta e é imprescindível que o tempo esteja bom.

O que são chuvas de meteoros?

As chuvas de meteoros são fenômenos dos mais apreciados pelos amantes da Astronomia. Os meteoros são fenômenos luminosos atmosféricos devido a entrada de meteoroides em altíssima velocidade na atmosfera da Terra. Os meteoroides são fragmentos de cometas ou de asteroides que ficam à deriva no espaço.

Conforme a rocha espacial cai em direção à Terra, a resistência do ar, atuando no meteoroide, ocasiona a ablação (“queima”), formando um “rastro” brilhante.

Quando a Terra encontra muitos meteoroides ao mesmo tempo, temos uma chuva de meteoros. Esse fenômeno acontece quando nosso planeta passa pelas zonas de detritos deixadas pelos cometas.

Os meteoroides são geralmente pequenos, desde partículas de poeira até pedregulhos. Eles quase sempre são pequenos o suficiente para queimar rapidamente na atmosfera.

Do ponto de vista científico, o estudo das chuvas de meteoros permite estimar a quantidade e período de maior penetração de detritos na Terra. A partir disso, as missões espaciais e centros de controle de satélites podem elaborar meios de proteção de suas naves e equipamentos. Outro ponto a considerar tem relação com o estudo da formação do Sistema Solar. Afinal, através da pesquisa das propriedades dos meteoros, pode-se aferir as características dos cometas.

Sobre o Exoss

Apoiada pelo Observatório Nacional (ON/MCTI), o EXOSS é uma rede colaborativa, que busca conhecer as origens, natureza e caracterização de órbitas dos meteoros. Para isso, integra as estações de monitoramento montadas por seus associados, obtendo imagens em diversos locais – entre os quais, na sede do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, e no Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI), também do ON, em Itacuruba, Pernambuco.


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