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Brasil

‘Noites Alienígenas’, com vencedora do BBB e denúncia da rota do tráfico na Amazônia estreia nesta quinta (30/03

“Noites Alienígenas” pode ser assistido em São Paulo, Rio de Janeiro, Aracaju, Araraquara, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Macapá, Manaus, Niterói, Palmas, Parauapebas, Porto Alegre, Recife, Rio Branco e Salvador.

Com produção da Saci Filmes, “Noites Alienígenas” chega aos cinemas do Brasil nesta quinta-feira (30.03), com distribuição da Vitrine Filmes. O filme traça por meio da ficção um panorama da tomada das periferias que circundam a Amazônia pelo narcotráfico, com facções que cooptam jovens para suas tropas e bancam o vício, que chega até os povos originários.

Em sua estreia mundial no Festival de Gramado, “Noites Alienígenas”, de Sérgio de Carvalho, fez história. O filme se tornou o primeiro longa do Acre a ser premiado no evento, levando os Kikitos de Melhor Filme, Ator (Gabriel Knoxx), Atriz Coadjuvante (Joana Gatis), Ator Coadjuvante (Chico Diaz), Menção Honrosa ao ator Adanilo Reis, e o prêmio do Júri da Crítica.

Foi sob a bandeira de levar às telas uma realidade constantemente ignorada que a produção desbancou o queridinho “Marte Um” no último Festival de para embolsar não apenas o Kikito de melhor filme do júri, mas também os de melhor filme da crítica, ator, para Gabriel Knoxx, ator coadjuvante, para Chico Diaz, e atriz coadjuvante, para Joana Gatis. Recebeu ainda uma menção honrosa para Adanilo, ator indígena que vive um jovem tomado pelo vício.

O filme denuncia a rota do tráfico na Amazônia e mostra realidade que atinge periferias do Acre e povos indígenas, distante dos morros do Rio de Janeiro, onde o tráfico surge como alternativa e depois como danação para uma juventude sem perspectiva também num outro canto do país, pouco retratado nas discussões sobre os caminhos da droga até boca, nariz e veias de inúmeros brasileiros.

De Sérgio de Carvalho, diretor e roteirista, o filme é baseado em seu livro homônimo, e é o primeiro longa da história do Acre produzido para o cinema. Com orçamento minúsculo, desbancou gente com histórico muito maior no audiovisual e, de quebra, conseguiu suscitar uma conversa que o Brasil parece ignorar

Depois de se formar em cinema no Rio, há cerca de 20 anos, Carvalho foi ao Acre a trabalho e se encantou pelo que viu. Cercado de matéria-prima mal explorada pelo audiovisual, decidiu fincar raízes na capital Rio Branco. Mas também foi com choque que ele percebeu a presença avassaladora do narcotráfico na região, e decidiu pôr o que viu nas páginas.

Uma década depois, quando “Noites Alienígenas”, o livro, estava sendo adaptado para o cinema, a realidade já era outra, muito mais violenta e opressora. No meio tempo, o crime organizado tinha tomado conta do tráfico mais “familiar”, que imperava, e grupos como o PCC e o Comando Vermelho desembarcaram ali depois que a rota das drogas para dentro do Brasil trocou o Centro-Oeste pelos caminhos furtivos da floresta.

Por ser tão calcado na realidade, “Noites Alienígenas”, o filme, parece até mesmo lidar com personagens reais, com conhecidos de Carvalho. A trama segue um rapaz vivido por Gabriel Knoxx, em sua estreia como ator, que trabalha para um traficante das antigas, este interpretado por Chico Diaz, que age sozinho e adota um tom paternal com o garoto.

O protagonista se envolve com a moça interpretada por Gleici Damaceno, vencedora do Big Brother Brasil de 2018, que teve um filho com um rapaz indígena, Adanilo. Ele se rende às drogas e, consumido pelo vício e carente de dinheiro, se envolve com o tráfico barra pesada.

“Noites Alienígenas” pode ser assistido nas seguintes praças: São Paulo, Rio de Janeiro, Aracaju, Araraquara, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Macapá, Manaus, Niterói, Palmas, Parauapebas, Porto Alegre, Recife, Rio Branco e Salvador.


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