Mayra Pinheiro, Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde – Foto: Anderson Riedel/PR
Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, conhecida como “Capitã Cloroquina” pela defesa do medicamento sem eficácia comprovada para combater a covid-19, declarou terça-feira (25/05) à CPI da Covid que não houve percepção de que o oxigênio faltaria em Manaus. As informações são do UOL.
“Em Manaus, em uma situação extraordinária de caos, onde nós não temos noção de quantos pacientes vão chegar ao hospital é impossível se fazer uma previsão de quando vai usar a mais. O que eles tiveram foi uma constatação, passaram de 30 mil metros cúbicos para 80 mil”, disse a secretária.
As declarações foram dadas diante dos questionamentos do relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, Renan Calheiros (MDB-AL). A secretária também afirmou durante a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito que o Brasil não era obrigado a acompanhar as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) que desaconselhava o uso de cloroquina para os pacientes da covid-19.
Na perspectiva de Pinheiro, a OMS retirou as orientações desses medicamentos para o tratamento da Covid baseadas em estudos de “qualidade metodológica questionável”. A secretária alegou que os estudos se baseavam na observação dos efeitos da cloroquina na fase “tardia da doença” e alega que já é sabido que “não há benefícios aos pacientes” nesta fase.
É preciso que a gente deixe, primeiramente, claro, que a OMS é um braço da ONU que trata das questões relativas à saúde. Embora o Brasil seja signatário dessa entidade, o Ministério da Saúde de todos os países são órgãos independentes e têm sua autonomia para tomada de decisões de acordo com as situações locais.
A secretária esteve à frente das ações de combate à pandemia em Manaus, no Amazonas, durante o colapso do sistema de saúde que ocorreu entre o final de dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
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