Brasil
Na véspera do outono, saiba como vai ser estação em que o céu fica mais azul; veja previsão
Para o Norte do país, com atenção para o Amapá e o Pará, o período mais chuvoso também persiste até maio.

Estação de transição entre o verão quente e úmido para o inverno frio e seco, o outono para várias regiões do país costuma ser marcado pela queda gradual das temperaturas e das chuvas. A partir de uma tendência de neutralidade dos fenômenos El Niño e La Niña, para o próximo trimestre, a expectativa, segundo a metereologista Andrea Ramos, é de que o período mantenha suas características tradicionais.
Com isso, a promessa para o outono deste ano gira não fugirá de um céu do azul mais azul de todos e a revelar, com sua luz suave, mil e um tons negados pelas outras estações. O seu início está previsto para esta quinta-feira, às 6h02 (horário de Brasília), e se estenderá até 20 de junho.
Nesta época, em especial nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, massas de ar de características polares e frias inibem a formação de nuvens, funcionando como um tampão, explicam especialistas. Há, inclusive, um termo que se chama “céu de brigadeiro”, sem qualquer nebulosidade no horizonte, para denominar essa condição.
O início do outono costuma manter as características da estação anterior, o verão, e a partir de maio começa a adquirir as da próxima, o inverno. Ou seja, as últimas semanas de março e todo o mês de abril ainda apresentam chuvas significativas, que diminui em maio, principalmente no Centro-Oeste, semiárido nordestino e Sudeste, a partir da queda da umidade vinda da Amazônia, diz Andrea.
— Há uma redução gradual das temperaturas, que se tornam mais amenas, e da umidade, resultando em um clima mais seco. Os ventos também começam a soprar com mais força, em especial nas regiões costeiras, e as noites ficam mais longas, pois a radiação solar diminui e os dias ficam mais curtos — afirma a especialista.
Para o Norte do país, com atenção para o Amapá e o Pará, o período mais chuvoso também persiste até maio, quando as chuvas reduzem devido à influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Isso vai reverberar ainda no Nordeste, do Maranhão ao Rio Grande do Norte.
A queda dos termômetros será mais sentida na região Sul e partes do Sudeste e do Centro-Oeste, onde há incursões de massas de ar frio que provocam baixas temperaturas e geadas. Acre, Rondônia, Sul do Amazonas e Pará também podem embarcar nessa onda de diminuição do calor, aponta Andrea, por um fenômeno conhecido como “Friagem”.
As geadas, por sua vez, são mais comuns nas regiões serranas entre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, sul de Mato Grosso do Sul e na Serra da Mantiqueira entre São Paulo e Minas Gerais. Há a perspectiva de episódios de neve nas serras e nos planaltos do Sul.
Quanto as chuvas, saem as “de verão” e entram as causadas por frentes frias e ciclones. Elas partem do Sul e podem atuar até em partes do Sudeste e Centro-Oeste, provocando ventos intensos, mar agitado com ressaca e perigo para a navegação.
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