Brasil
MPF vai apurar ato que concedeu benefício fiscal a líderes religiosos em 2022
Na solicitação, a parlamentar também pede que o MPF tome providências para que os beneficiários da decisão devolvam ao erário os valores isentos de impostos desde agosto de 2022.

O Ministério Público Federal (MPF) vai apurar suposto ato de improbidade administrativa cometido por Julio Cesar Vieira, ex-secretário da Receita Federal, ao editar norma que concedeu benefício fiscal a líderes religiosos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
O benefício foi concedido em julho de 2022, na véspera do período eleitoral.
A representação é da deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP), que questiona a edição do Ato Declaratório n.º 1 sem respaldo legal. “Deveria ser realizado por meio de processo legislativo”, justifica.
Na solicitação, a parlamentar também pede que o MPF tome providências para que os beneficiários da decisão devolvam ao erário os valores isentos de impostos desde agosto de 2022.
A norma em questão foi suspensa na última quarta-feira (17). Dois dias depois, após reunião com parlamentares da Frente Evangélica do Congresso Nacional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a criação de um grupo de trabalho para discutir o tema.
Parecer técnico do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que, por conta da vigência da norma, a União deixou de arrecadar cerca de R$ 300 milhões. O relatório ainda precisa ser analisado em plenário, sem data para ocorrer.
As informações são da CNN que tentou contato com Julio Cesar Vieira, mas não obteve retorno.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.

Faça um comentário