Amazonas
Mortes de indígenas por novo coronavírus disparam, alerta associação
Vítimas fatais da doença saltaram de 28 no fim de abril para 182 em 1º de junho, no Brasil
As mortes de indígenas infectados pelo novo coronavírus saltaram de 28 no fim de abril para 182 em 1º de junho, segundo dados da Articulação de Povos Indígenas do Brasil (Apib) publicados em matéria da agência Reuters.
A Apib representa 305 tribos do país. “Estou sentindo tontura, febre e dor de barriga. Nós todos estamos caindo na aldeia e ninguém vem socorrer a gente”, revelou Itamaré Surui, que vive em um vilarejo no sudeste paraense.
Os números oficiais do governo federal diferem dos divulgados pela associação, computando 59 mortes de indígenas pela Covid-19. No entanto, essa contagem considera apenas as tribos que moram em reservas, excluindo os indígenas que migraram para as cidades.
Na terça-feira, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) disse estar muito preocupada com o índice de contágio entre populações indígenas da Amazônia.
O médico Douglas Rodrigues disse temer pelas tribos do Estado do Amazonas, onde nenhum município do interior tem unidades equipadas com ventiladores mecânicos. “No Amazonas, são pessoas com a morte decretada, porque não conseguem ser removidos a tempo”, afirmou.
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