Ministros do STF fazem “passeio” virtual pela Amazônia em ação sobre preservação ambiental

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Roberto Barroso, e seu colega de Corte, Alexandre de Moraes, participaram nesta quarta-feira (6) de uma “experiência imersiva” de realidade virtual pela Amazônia.

Os magistrados usaram óculos de 3D e fones de ouvido para acompanhar uma jornada pela região do Rio Tapajós, no Amazonas.

“Maravilhosa, um trabalho extraordinário, você se sente dentro da floresta amazônica, com a sua vegetação exuberante, extraordinária, com os pássaros, com a fauna, com os igarapés”, disse Barroso, depois de participar.

“A Amazônia é um dos maiores ativos brasileiros e nós precisamos ter consciência disso, preservá-la na melhor forma e encontrar mecanismos de sustentabilidade para os 25 milhões de pessoas que vivem lá”.

Segundo Barroso, o período atual é importante para a conscientização sobre a Amazônia.

“Nesse momento em que a natureza dá um alerta para o Brasil e para o mundo com a tragédia que está acontecendo no Rio Grande do Sul. Acho que, tragicamente, o Rio Grande do Sul foi escolhido para tocar esse alarme para as novas gerações, as gerações atuais, de que nós temos compromissos com as gerações futuras, e antes eram compromissos com as gerações futuras”, declarou.

Na abertura da sessão da Corte, logo depois de participar da exposição, Barroso disse que é um “equívoco imaginar que exista antagonismo entre agronegócio e preservação ambiental”. Ele citou a importância da demarcação de terras indígenas, pela comprovada preservação ambiental que esses territórios proporcionam.

A obra “Amazônia Viva” foi inaugurada nesta quarta (5), data em que é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, e ficará aberta até o dia 30 de junho. Visitações podem ser feitas todos os dias, inclusive sábado e domingo, das 11h às 16h.

É um projeto da Iniciativa Inter-religiosas pelas Florestas Tropicais (IRI Brasil), plataforma de ação colaborativa criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que líderes e comunidades religiosas possam contribuir para preservar as florestas, a biodiversidade e promover os direitos de seus guardiões.

Além de Barroso e Moraes, a abertura da exposição contou com a presença dos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Edson Fachin, e do ministro aposentado Ayres Britto.

Também participou Alberto Pacheco Capella, responsável pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) no Brasil, e o climatologista Carlos Nobre, primeiro brasileiro a integrar o grupo de “guardiões planetários”, que reúne pesquisadores e ativistas em prol de estudos e análises sobre ação climática e proteção de comunidades vulneráveis.

A cacica Raquel Tupinambá, da comunidade de Surucuá, queda obra guia o espectador durante a viagem virtual também esteve no STF.