Brasil
Ministério da Saúde volta atrás e suspende vacina para adolescentes sem comorbidades
A decisão estaria embasada nas orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) de não recomendar a imunização de covid-19 para adolescentes.
O Ministério da Saúde suspendeu a vacinação contra o coronavírus para adolescentes sem comorbidades. O comunicado veio da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à covid-19 na noite de ontem. Alguns estados já estavam aplicando o imunizante em jovens e outros previam começar hoje.
Com isso, a pasta orienta a vacinação contra o vírus apenas para pessoas entre 17 e 12 anos que tenham “deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade”.
A decisão estaria embasada nas orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) de não recomendar a imunização de adolescentes, por essa faixa etária ter poucos casos graves e faltar estudos sobre a vacinação nesse grupo, portanto “os benefícios não estão claramente definidos”. Além disso, a nota cita que houve redução na média móvel de casos e mortes por covid, o que torna o cenário epidemiológico menos perigoso para os adolescentes sem comorbidades.
O anúncio da suspensão ocorre em meio a falta de estoque de certas vacinas em alguns pontos do Brasil, como São Paulo, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, até então se mostrava favorável a cobertura vacinal dos adolescentes. Em julho, o representante da pasta tinha previsto o início da imunização para esse grupo sem comorbidade assim que todos os adultos estivessem com a primeira dose.
A decisão de vacinar as pessoas de 17 a 12 anos foi, inclusive, tomada em conjunto com os estados e municípios, desde que eles respeitassem o PNI (Plano Nacional de Imunização). Com os adolescentes inclusos no plano de vacinação, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a aplicação da Pfizer para cidadãos com, pelo menos, 12 anos.
As informações são do UOL.
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