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Brasil

Operação em 13 estados cumpre mandados de prisão de integrantes de facções criminosas

A operação visa desarticular organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, prender participantes e buscar provas para investigações.

Operação cumpre mandados em uma casa, no Paraná. (Foto: Reprodução)

O Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNOC), formado pelos ministérios públicos estaduais, realiza nesta quarta-feira uma megaoperação em 13 estados para combater organizações criminosas que atuam em presídios brasileiros.

Estão sendo cumpridos 228 mandados de prisão e 223 mandados de busca e apreensão pela equipe, que reúne 43 promotores de Justiça, 40 integrantes de grupos de atuação especial de combate ao crime organizado (Gaeco) nos estados do Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Pará, São Paulo, Sergipe, Paraná e Tocantins. A ação conta com apoio de mais de mil policiais militares e da Polícia Rodoviária Federal.

A operação visa desarticular organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, prender participantes e buscar provas para investigações que têm sido conduzidas pelo Ministério Público brasileiro. O GNOC é formado por integrantes dos ministérios públicos estaduais e do Ministério Público Federal e foi criado depois do assassinato do promotor Francisco José Lins do Rego Santos, de Minas Gerais, por criminosos que atuavam com adulteração de combustíveis.

O promotor, conhecido como Chico lins, tinha 43 anos e foi assassinado há 21 anos, em janeiro de 2002. A execução ocorreu em plena hora do almoço, em um movimentado cruzamento de Belo Horizonte, quando ele ia para o trabalho. Os dois autores do crime estavam em uma moto, que emparelhou com o carro do promotor. O condutor deu a ordem e o carona atirou. O promotor morreu no local.

O GNOC é presidido pelo procurador de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, e mantém o grupo em permanente contato.

Em Minas Gerais, o Gaeco de Varginha cumpre 18 mandatos de prisão – 10 preventivas e oito temporárias – e 16 mandados de busca e apreensão. Batizada localmente de Operação Escritório do Crime, o foco é em criminosos que atuam na região do município de Campo Belo e atuam, além do tráfico de drogas, com tráfico de armas. Dez pessoas já foram denunciadas pela prática de 17 crimes. O tráfico ocorria entre estados, com uso de ameaças e práticas de tortura.

A investigação começou depois de vários homicídios praticados pela quadrilha na região e os promotores descobriram que um dos líderes, responsável pela articulação dos crimes e vinganças, integra a faccção criminosa que nasceu em São Paulo, onde atua na maioria dos presídios. Financiamento do tráfico de drogas e armas, sequestro e receptação de carros clonados estão entre os crimes praticados em solo mineiro.

Em São Paulo, que compartilhou as provas e coordena a operação nacional, os mandados são cumpridos na capital, em Santana de Parnaíba, Jacareí e São Vicente, na Baixada Santista.

No Ceará a operação desta quarta-feira foi batizada de Sintonia e cumpre oito mandados de prisão preventiva em Fortaleza. Na capital cearense o foco principal é um líder de facção criminosa que atua também na Guiana Francesa. As investigações tiveram base em compartilhamento de provas encaminhadas pelo Ministério Público de São Paulo em 2021. Com apreensão de celulares, foi identificado que o criminoso era cearense

No Paraná, o Gaeco do estado cumpre 25 mandados de busca e apreensão e três de prisão.


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