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Bolsonaro assina 4 parcelas do novo auxílio emergencial; 22,6 mi ficam sem o benefício

Só vai receber o novo auxílio quem já recebeu no ano passado e, portanto, já está inscrito nos cadastros públicos usados para a análise dos pedidos.

O novo auxílio pode atingir até 46 milhões de brasileiros. (Foto: Divulgação/GF)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou nesta quinta-feira a MP (Medida Provisória) que cria o novo auxílio emergencial, para trabalhadores informais e beneficiários do Bolsa Família. O auxílio emergencial 2021 será pago a partir de abril, em quatro parcelas, com valores de R$ 150, R$ 250 ou R$ 375, dependendo da família.

Serão beneficiadas 45,6 milhões de pessoas, 22,6 milhões a menos do que no auxílio emergencial de R$ 600, pago em meados do ano passado (68,2 milhões de pessoas).

Só vai receber o novo auxílio quem já recebeu no ano passado e, portanto, já está inscrito nos cadastros públicos usados para a análise dos pedidos. Quem não faz parte dos cadastros não receberá o benefício, visto que não haverá novos pedidos.

Qual será o valor do benefício?
O valor do auxílio dependerá da condição de cada benefício:
Para quem mora sozinho: R$ 150
Famílias com mais de uma pessoa e que não são chefiadas por mulheres: R$ 250
Famílias chefiadas por mulheres: R$ 375

Quem poderá receber?
É preciso atender uma série de critérios para receber o novo auxílio:
– ser trabalhador informal ou beneficiário do Bolsa Família
-ter renda familiar mensal de até três salários mínimos (R$ 3.300)
– ter renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo (R$ 550)
– ter recebido o auxílio emergencial em 2020.

Quem não poderá receber?
Não têm direito, segundo o governo:
-trabalhadores formais, com carteira assinada
– quem recebe benefício do INSS ou de programa de transferência de renda federal
– quem recebeu o auxílio em 2020, mas não sacou nem usou o dinheiro
– quem estiver com auxílio emergencial 2020 cancelado no momento da análise cadastral do novo auxíli
– residentes médicos, multiprofissionais,
– beneficiários de bolsas de estudo, estagiários e similares
– pessoas com menos de 18 anos, exceto mães adolescentes
– presidiários
– quem teve rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2019
– quem tinha em 31 de dezembro de 2019 a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua de valor total superior a R$ 300 mil
– quem recebeu em 2019 rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte superior a R$ 40 mil.

Como faço para pedir o auxílio?
Não é possível pedir o benefício. No ano passado, o governo disponibilizou um aplicativo e um site para o trabalhador se cadastrar e solicitar o auxílio. Neste ano, o governo vai usar o cadastro feito no ano passado. Se avaliar que o trabalhador atende os critérios, pagará o benefício automaticamente, sem que o trabalhador tenha que fazer nada para receber.

Como será o pagamento?
O governo deve depositar o dinheiro nas contas digitais gratuitas abertas pela Caixa em nome dos beneficiários do auxílio no ano passado. Ainda não foi divulgado o calendário de pagamento, mas ele deve começar apenas em abril.

Quantas pessoas vão receber?
Serão pagos R$ 43 bilhões para 45,6 milhões de pessoas:
28.624.776 pessoas que já estão nos cadastros da Caixa (R$ 23,4 bilhões)
6.301.073 pessoas que estão no Cadastro Único do governo federal (R$ 6,5 bilhões)
10.697.777 de beneficiários do Bolsa Família (R$ 12,7 bilhões)

Apesar de o Congresso ter autorizado a liberação de R$ 44 bilhões para o auxílio, com a aprovação da PEC Emergencial, o governo afirmou que o programa custará R$ 43 bilhões, incluindo os custos operacionais. “A PEC permitiu um regime orçamentário excepcional para situações de calamidade pública, que passam a ser definidas pelo Congresso Nacional. Dessa forma, o governo federal poderá ultrapassar o limite do teto de gastos, sem comprometer a meta de resultado fiscal primário e sem afetar a chamada regra de ouro”, disse o Palácio do Planalto nesta quinta-feira (18).

Com informações do UOL.


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