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Brasil

Manaus aparece entre as últimas capitais país em índice da população que pratica atividade física regularmente

Florianópolis lidera com 65,3% da população aderindo a exercícios físicos, enquanto São Paulo e Salvador amargam e empatam no final da lista.

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Dos 34,8 milhões de brasileiros que vivem nas capitais do país, apenas 54% praticam atividade física regularmente. É o que mostra o último inquérito Vigitel, do Ministério da Saúde, destrinchado e disponibilizado agora pelo Observatório da Saúde Pública (OSP), da Umane, uma organização da sociedade civil que promove ações e discussões sobre políticas de saúde no Brasil. Manaus aparece em 20º lugar, com 53,9%.

A análise mostra que houve um aumento na prática nas capitais desde o início das pesquisas. Em 2016, menos da metade desse contingente (49,9%) fazia algum exercício. Em 2023, o índice felizmente deu uma guinada.

Para mexer o corpo nas capitais, um em cada cinco cidadãos opta por caminhadas (19,4%). Outros 18% fazem musculação, natação, tênis ou bicicleta. Entre outras atividades, 4,6% se dedicam à dança e à ginástica; 4% jogam futebol, basquete ou vôlei e 3,2% correm. Menos de 1% pratica lutas ou artes marciais e 4% preferem outros esportes.

O engajamento entre homens e mulheres é semelhante, mas há disparidades entre os praticantes quando se avalia a escolaridade. Entre aqueles que estudaram por 12 anos ou mais, 67% se exercitam, enquanto entre os que têm até oito anos escolares, apenas 40,6% movimentam-se regularmente.

A capital mais ativa do Brasil é Florianópolis, com 65,3% da população adepta a algum exercício. A cidade de Santa Catarina é seguida por Vitória (ES), com 64,5%, e pelo Distrito Federal, com 63,1%.

Nas últimas colocações, estão Teresina (PI), com apenas 51,3% da população ativa, e Salvador (BA) e São Paulo (SP), empatados com 51,1%. A capital paulista tem um contingente de 4,34 milhões de pessoas no sedentarismo.

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Estímulo depende de planejamento urbano
Segundo a análise de Uname, além de conscientização e iniciativa individual, a prática regular de exercícios depende também de infraestrutura e planejamento urbano.

“Os governos municipais têm um papel estratégico na promoção da atividade física entre suas populações, e esse esforço deve ser encarado como uma prioridade em termos de saúde pública”, defende Thais Junqueira, superintendente-geral da organização.

Para a especialista em administração pública, o estímulo deve ser cultivado desde a educação escolar e a solução passa por mudanças estruturais nas cidades, como a construção de espaços de convivência e melhorias na iluminação pública e na limpeza urbana.

“Isso inclui a criação e a ampliação de parques, praças, ciclovias, pistas de caminhada e academias ao ar livre, além de se garantir que esses espaços sejam seguros e acessíveis para as pessoas, inclusive nas regiões periféricas”, diz Junqueira.

De fato, o combate ao sedentarismo é uma questão de saúde pública. A inatividade física está relacionada ao maior risco de desenvolver doenças crônicas, como diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares, demência e até alguns tipos de câncer.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, adultos devem praticar, no mínimo, 150 minutos de atividade física de frequência moderada ou 75 minutos de exercícios de intensidade vigorosa por semana.


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