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Maia disse a Raoni que não pautará projeto de mineração em terra indígena

Em setembro, em encontro com o cacique Raoni e deputados ligados à causa ambientalista e indigenista, Maia já havia dito que não vai pautar no Plenário da Casa projetos que flexibilizem mineração em terra indígena.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a intenção do governo de legalizar garimpo em terra indígena. Para ele, é preciso combater o garimpo ilegal e discutir, com cuidado, a possibilidade de abrir as terras indígenas para atividades econômicas, principalmente em um momento em que o Brasil é criticado no exterior por sua política em relação ao meio ambiente.

“Não é porque tem garimpo legal que vamos legalizar o garimpo. Temos que combater o que é ilegal e fazer um debate sobre o tema, que não é simples. O tema do garimpo em terra indígena é mais complexo ainda”, disse.

Maia disse ainda que a proteção ao meio ambiente é uma das políticas importantes para o crescimento econômico. As outras, segundo ele, são as reformas econômicas, a democracia e o bom diálogo com os países vizinhos.

Em setembro, em encontro com o cacique Raoni e deputados ligados à causa ambientalista e indigenista, Maia já havia dito que não vai pautar no Plenário da Casa projetos que flexibilizem mineração em terra indígena ou permitam a ampliação da atuação de madeireiras na região amazônica. “Nossa intenção é que a gente possa construir projetos que sinalizem aos brasileiros e ao mundo a nossa preocupação com o meio ambiente”, disse o presidente.

Ele recebeu o grupo a pedido do próprio cacique Raoni, que esteve na Câmara, acompanhado por parlamentares da oposição, para rebater críticas feitas a ele pelo presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (24), no discurso de abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

Esta semana, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque informou que o governo deve apresentar ainda neste mês proposta para regulamentar atividades econômicas, como mineração e agricultura em terras indígenas, o que pode ser feito por meio de projeto de lei ou de medida provisória, com previsão de consulta às comunidades indígenas.
Em entrevista a um programa de TV, Maia disse que arquivará o projeto caso ele seja enviado ao Congresso pelo governo.


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