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Indicados por Bolsonaro votam contra prisão de Anderson Torres; veja os argumentos
O STF já havia formado maioria para manter o afastamento de Ibaneis Rocha, e a prisão do ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres.

Ministros do STF Kassio Nunes Marques e André Mendonça, indicados pelo presidente Jair Bolsonaro. (Foto:Reprodução)
Os ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques, ambos indicados por Jair Bolsonaro (PL) ao STF (Supremo Tribunal Federal), foram os únicos que votaram contra a manutenção da prisão de Anderson Torres, decretada por Alexandre Moraes.
Nessa quarta, o STF formou maioria (placar de 9 a 2) para manter a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Torres, e também o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), por 90 dias.
André Mendonça alegou que, ainda que os fatos investigados sejam graves, é exagerado o pedido de prisão de Torres e a ação pode gerar riscos concretos à aplicação da lei penal. Já Kássio Nunes Marques entendeu que o secretário de Segurança do Distrito Federal estava em férias e, portanto, não pode ser acusado de cometer crimes referentes aos atentados em Brasília. No mesmo inquérito, Nunes Marques e Mendonça também votaram contra o afastamento de Ibaneis e contra a prisão de Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar local.
O STF já havia formado maioria para manter o afastamento de Ibaneis Rocha, e a prisão do ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres. Como votou cada ministro As decisões foram tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes e acompanhadas por: Gilmar Mendes Edson Fachin Cármen Lúcia Dias Toffoli Luís Roberto Barroso Luiz Fux Ricardo Lewandowski Rosa Weber Torres assumiu o Ministério da Justiça após Mendonça tomar posse no STF.
Afastamento Moraes afastou Ibaneis temporariamente do cargo na madrugada de segunda-feira (9), apontando o descaso e a conivência do governador com os atos golpistas que estavam sendo planejados em Brasília no domingo (8). O governador, escreveu Moraes, “não só deu declarações públicas defendendo uma falsa ‘livre manifestação política em Brasília’ como também ignorou todos os apelos das autoridades para a realização de um plano de segurança semelhante aos realizados nos últimos dois anos em 7 de setembro”.
Nos dois feriados, o governador restringiu a entrada de pessoas na Praça dos Três Poderes, o que não ocorreu no domingo (8). Já Torres teve sua prisão ordenada terça-feira. Além da prisão, Moraes também autorizou buscas na residência do ex-ministro do governo Bolsonaro, que estava nos Estados Unidos no dia dos atos terroristas na capital federal. Ele ainda não chegou ao país para se entregar.
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