Brasil
IBGE: desemprego teve estabilidade na Região Norte no 4º trimestre de 2022
Nas Regiões Norte (30,6%) e Nordeste (28,3%) o percentual de pessoas que trabalharam por conta própria era superior ao observado nas demais regiões.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), referentes ao quarto trimestre de 2022, divulgada nesta terça-feira (28/02) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que a Região Norte do Brasil apresentou estabilidade na taxa de desocupação, ou taxa de desemprego, na comparação com o trimestre anterior: variou 8,2% para 8,1%. A taxa de ocupação, de 56,2% para 56,0%.
No 4º trimestre de 2022, a taxa de desocupação, no Brasil, foi estimada em 7,9%. Esta estimativa apresentou redução de 0,8 ponto percentual em comparação com o 3º trimestre de 2022 (8,7%), e redução de 3,2 pontos percentuais frente ao 4º trimestre de 2021 (11,1%).
No confronto trimestral por Regiões, esse indicador apresentou o seguinte comportamento: Norte (estabilidade), Nordeste (redução de 12,0 para 10,9), Sudeste (redução de 8,7 para 7,9), Sul (redução de 5,2 para 4,5) e Centro-Oeste (estabilidade). A Região Nordeste permaneceu registrando a maior taxa de desocupação entre todas as regiões (10,9%).
São classificadas como desocupadas na semana de referência as pessoas sem trabalho em ocupação nessa semana que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias, e que estavam disponíveis para assumi-lo na semana de referência. Consideram-se, também, como desocupadas as pessoas sem trabalho em ocupação na semana de referência que não tomaram providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias porque já o haviam conseguido e iriam começá- lo em menos de quatro meses após o último dia da semana de referência.
A distribuição das pessoas desocupadas, na semana de referência, dos grupos de pessoas de 18 a 24 (29,7%) e de 25 a 39 anos (34,8%) anos de idade, continuou a apresentar patamar superior ao estimado nos outros grupos etários. Nas Grandes Regiões, a composição dos dois grupos etários oscilou entre 28,2% no Sudeste e 33,9% no Norte para o grupo de 18 a 24 anos, e entre 31,4% no Sul e 39,7% no Norte para o grupo de 25 a 39 anos.
O indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar (nível da ocupação) foi estimado em 57,2% no 4º trimestre de 2022 no Brasil, apresentando estabilidade na comparação com o trimestre anterior e aumento de 1,6 ponto percentual frente ao 4o trimestre de 2022. No confronto com o 4o trimestre de 2021, todas as Grandes Regiões apresentaram crescimento desse indicador.
A população ocupada no País, no 4º trimestre de 2022, estimada em 99,4 milhões de pessoas, era composta por 68,5% de empregados (incluindo empregados domésticos), 4,3% de empregadores, 25,6% de pessoas que trabalharam por conta própria e 1,6% de trabalhadores familiares auxiliares.
Nas Regiões Norte (30,6%) e Nordeste (28,3%), o percentual de trabalhadores por conta própria era superior ao verificado nas demais regiões.
Também no 4º trimestre de 2022, 73,6% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As Regiões Nordeste (58,2%) e Norte (56,7%) apresentaram as menores estimativas desse indicador. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 25,6% deles tinham carteira de trabalho assinada. No mesmo trimestre de 2021, essa proporção havia sido de 24,6%.
As mulheres eram maioria na população em idade de trabalhar, todavia, entre as pessoas ocupadas, verificou-se a predominância de homens (57,1%).
Este fato foi confirmado em todas as regiões, sobretudo na Norte, onde os homens representavam 60,0% dos trabalhadores no 4º trimestre de 2022.
A pesquisa mostrou que, no Brasil, entre as pessoas ocupadas, 20,7% não tinham concluído o Ensino Fundamental, 65,0% tinham concluído pelo menos o Ensino Médio e 22,8% tinham concluído o nível superior. Regionalmente, a análise destacou um quadro diferenciado.
Nas Regiões Norte (27,0%) e Nordeste (27,8%), o percentual de pessoas nos níveis de instrução mais baixos (não tinham concluído o ensino fundamental) era superior ao observado nas demais regiões.
Nas Regiões Norte (30,6%) e Nordeste (28,3%) o percentual de pessoas que trabalharam por conta própria era superior ao observado nas demais regiões.
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado mostrou cenários distintos: as Regiões Norte (56,7%) e Nordeste (58,2%) apresentaram-se em patamares inferiores aos das demais regiões.
As Regiões Sul (46,2%) e Sudeste (44,1%) apresentaram os maiores percentuais de idosos fora da força de trabalho. Por outro lado, nas Regiões Norte e Nordeste, o percentual de pessoas idosas fora da força eram os menores (25,4% e 31,6% respectivamente)
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