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Brasil

Ibama recebe inquérito que aponta envolvidos em ataques criminosos na TI Yanomami

Grupo incendiou uma viatura e tentou atear fogo em helicóptero da Instituição.

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recebeu desfecho de inquérito conduzido pela Polícia Federal (PF) sobre o ataque sofrido em 7 de setembro de 2021, como retaliação às operações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY). Na ocasião, uma viatura da autarquia foi destruída.

Em 12 de setembro de 2021, o mesmo grupo teria invadido a Superintendência da Polícia Federal em Roraima e tentado colocar fogo em um helicóptero do Ibama.

O documento concluiu que os ataques foram planejados e contaram com o apoio de um grupo que articulou a ação por meio de um aplicativo de mensagens, composto por mais de 100 participantes. Entre os integrantes estava um empresário e candidato político de Roraima. O homem foi identificado pela investigação policial como o financiador dos atentados.

Sete suspeitos foram indiciados por envolvimento direto nos atentados, sujeitos a penas superiores a nove anos de reclusão. A PF identificou ainda mais seis suspeitos por incitar os delitos.

Operação na TI Yanomami

O Ibama iniciou retomada de fiscalização no território Yanomami em fevereiro do ano passado, com 310 ações de fiscalização ambiental na TI ao longo do ano. Durante as operações, fiscais do Instituto foram atacados com armas de fogo pelo menos 10 vezes ao longo dos trabalhos contra o garimpo ilegal na região, com apreensão de equipamentos e bloqueio do fluxo de suprimentos para a mineração.

O objetivo principal da operação é inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo ilegal. As operações ao longo do ano reduziram em aproximadamente 85% das áreas usadas para mineração ilegal na TIY de fevereiro a dezembro de 2023, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Mais ataques na TIY em 2023

Em meio à execução de retirada dos criminosos, os fiscais do Ibama foram recebidos a tiros em base federal do Ibama instalada na aldeia Palimiú, em fevereiro. Os infratores furaram o bloqueio montado no rio Uraricoera e atiraram contra agentes do Ibama que haviam abordado uma das embarcações.

‌Em maio, uma base de controle instalada no rio Uraricoera, na região, também foi alvo de atentado. Em meio à chuva torrencial, criminosos armados avançaram em quatro barcos e cortaram o cabo de aço estendido entre as margens do rio, que impedia a passagem em direção aos garimpos.


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