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Brasil

Greve no Ibama coloca em risco o desenvolvimento socioeconômico do país, diz IBP

Setor de petróleo e gás diz que já deixou de arrecadar em tributos para os Estados, Municípios e Governo Federal cerca de R$ 1 bilhão.

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O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) informou que o setor de petróleo e gás já deixou de arrecadar em tributos para os Estados, Municípios e Governo Federal cerca de R$ 1 bilhão com a greve dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em greve há três meses, os trabalhadores do Ibama, cobram reestruturação da carreira, melhores condições de trabalho e novo concurso.

Segundo o IBP, é importante compreender o papel crítico e estratégico do Ibama para a competitividade do país na atração de investimentos, especialmente externos. O Instituto acredita que a mobilização vem causando um enorme impacto no setor e coloca em risco o desenvolvimento socioeconômico brasileiro, e a forte arrecadação de tributos, fundamentais para a sociedade. Segundo nota do IBP, é importante encontrar uma solução satisfatória e a curto prazo para que seja encerrada a mobilização do Ibama, que já ultrapassa 75 dias e tem afetado projetos importantes.

De acordo com o Instituto, o setor deixou de faturar, devido ao movimento dos servidores, um total de R$ 3,4 bilhões nestes quase 3 meses de paralisação. Um total de R$ 650 milhões/mês deixaram também de serem investidos pelos atrasos nos licenciamentos. As perdas de arrecadação em tributos (diretos e indiretos) somam R$ 470 milhões/mês (diretos) e R$ 485 milhões/mês (royalties e participações especiais). Cabe ainda citar como impacto negativo os 5.300 postos de trabalho que não foram gerados.

“No Brasil, por exemplo, US$ 180 bilhões já estão programados para serem investidos nos próximos 10 anos e há previsão de investimentos acima de R$ 100 bilhões em mais de 20 novas plataformas, até 2028, para produção de petróleo e gás, que podem ter seus projetos postergados”, disse o IBP em nota.

Segundo a entidade, a mobilização vem causando atrasos, por exemplo, nas licenças ambientais – prévias, de instalação e operação – de empreendimentos e projetos do setor de petróleo e gás. Existem inclusive projetos já com equipamentos mobilizados – como sondas de perfuração e plataformas de produção – à espera da fase final do licenciamento.

Além disso, a mobilização poderá ainda atrasar o licenciamento de novas aéreas exploratórias, elemento importante para soberania e garantia energética do país. O IBP ressaltou a importância do Ibama e seu trabalho de licenciamento e acompanhamento das atividades no setor de óleo e gás e insiste para uma solução urgente que seja equacionada pelo governo o mais rápido possível.


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