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Brasil

Greve do Ibama ganha fôlego e 15 estados aprovam paralisações

Protestos já vêm desde janeiro; novas assembleias devem ser realizadas nos estados ao longo da semana

A greve dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deve ser ampliada nos próximos dias. Foi aprovado, em assembleia, a adesão de pelo menos 15 estados para greve nos próximos dias.

Em nove estados a greve iniciará no dia 24 de junho. São eles: Acre, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Tocantins.

Já outros 6 estados terão greve a partir de 1º de julho: Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. A decisão dos estados é final. Portanto, não será necessária deliberação a nível nacional.

“Essas duas datas indicam a maioria das assembleias para continuidade e escalada do Movimento de Greve Geral na área ambiental”, explicou o presidente da Associação Nacional dos Serv. Carreira de Especialista em Meio Ambiente (ASCEMA), Binho Zavaski.

A motivação para a greve é o pedido de reformulação das carreiras, ainda não atendido pelo governo federal. Servidores alegam a necessidade de que mudanças sejam feitas para tornar a carreira mais atrativa.

Assembleias pendentes

As assembleias ainda estão pendentes em 11 estados. Maranhão, Pernambuco, Mato Grosso e Alagoas têm reuniões agendadas para esta semana.

As paralisações têm foco nas atividades de campo. Significa dizer que serão mantidas, no período de paralisação, apenas as atividades burocráticas essenciais. Atividades como a fiscalização ambiental na Amazônia, vistorias de processos de licenciamento ambiental e prevenção e combate a incêndios florestais estão suspensas.

Impactos

A entidade que representa os servidores no Rio de Janeiro também aprovou a greve. Segundo Leandro Valentim, diretor da Asibama-RJ, se trata de uma resposta ao fim das negociações com o governo sem um acordo de reestruturação da carreira de especialista em meio ambiente.

“A falta de diálogo por parte do governo nos levou a esta paralisação, que infelizmente aprofundará os já significativos impactos em diversos setores, especialmente no de petróleo e gás”, afirmou Valentim.

Dados levantados pelos servidores indicam que pelo menos dois gasodutos e dez pedidos para pesquisa sísmica e perfuração de poços já foram diretamente afetados pela mobilização.

Antes mesmo dos servidores aprovarem o indicativo de greve, a Petrobras já havia estimado que a redução das atividades do Ibama poderia impactar até 2% da produção da companhia em 2024, o que representaria uma queda de cerca de 60 mil barris por dia na extração média anual.

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