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Golpe do retrovisor ou da falsa batida: veja como agem os bandidos e maneiras de se proteger
Trata-se da atualização do golpe da falsa batida: quando o criminoso simula uma pequena batida no veículo da frente, para que o proprietário saia do carro e, então, o assalto seja anunciado.
Um vídeo que circula nas redes sociais serve como alerta para motoristas. Em um golpe atualizado, criminosos utilizam a velha tática da distração da vítima para roubar seus pertences. No golpe do retrovisor, uma pessoa esbarra no equipamento a ponto de retirá-lo da posição, para consertá-lo, um ocupante do veículo abre o vidro. É aí que o verdadeiro assaltante faz a abordagem.
De acordo com Raphael Pereira, professor de direito penal e processos e especialista em segurança pública, trata-se da atualização do golpe da falsa batida: quando, em um lugar ermo, o criminoso simula uma pequena batida no veículo da frente, para que o proprietário saia do carro e, então, o assalto seja anunciado.
“A diferença é que o golpe do retrovisor é aplicado em áreas urbanas, em momentos de menos movimento. Alguns pedem informação, outros batem no retrovisor, é sempre uma tática para reduzir a vigilância da vítima, já que nesses crimes contra o patrimônio, o criminoso busca facilidade”, alerta o especialista.
Raphael Pereira explica que os crimes mais recorrentes não se limitam às batidas no retrovisor, mas a movimentos corriqueiros em geral. “Pode ser um casal apoiado no seu carro quando você estaciona, alguém disfarçado de trabalhador, o que quero dizer é que não existe mais o estereótipo do bandido, hoje qualquer pessoa pode ser um assaltante.”
Como não há formas 100% eficazes de evitar esse tipo de crime, a melhor solução é minimizar as chances.
“A dica é evitar estacionar em locais desertos e não ceder às investidas de estranhos. Bateram de leve no seu carro? Tente ir até um posto para conversar. Evite abrir a janela, vivemos em um país onde a violência existe. Outra coisa muito importante é registrar os crimes e as tentativas, pois esses dados vão fortalecer políticas públicas e até definir ações de policiamento”, informa Pereira.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirma que não tem dados recentes sobre esse tipo de crime, mas no manual de autoproteção da Polícia Militar do Estado há recomendações de como agir. Uma das dicas é sempre ter mapeado pontos de apoio nos trajetos habituais.
“Procure identificar em seus deslocamentos habituais postos policiais, pontos de estacionamento de viaturas e ainda postos de abastecimento 24 horas, além de outros estabelecimentos comerciais que em situação de emergência podem servir como ponto de apoio”, recomenda a Polícia.
Além disso, a instituição instrui que o cidadão habitue-se a dirigir com os vidros fechados e portas travadas, principalmente durante as paradas, e que evite o uso de joias e relógios quando estiver dirigindo.
“Não pare para auxiliar outros motoristas em locais isolados, mal iluminados ou em horas avançadas da noite. No caso de lhe parecer algum acidente ou alguém em dificuldades, avise à Polícia imediatamente”, alerta.
A própria Polícia também orienta que se desconfie de pequenas batidas, especialmente caso exista suspeita que tenham sido provocadas. “Nestes casos não pare, especialmente à noite, em locais isolados, mal iluminados e de pequena circulação de pessoas e veículos. Sinalize para que as demais pessoas envolvidas possam lhe seguir até o posto policial mais próximo”, finaliza.
A informação é do site UOL.
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