Fumaça de queimadas da Amazônia encobre cidades do Rio Grande do Sul, mostra MetSul

Fumaça de queimadas da Amazônia cobriu Porto Alegre nesta quinta-feira,15/8. Ao longo do dia se percebia o aspecto de névoa no céu e que ficou mais evidente a partir do fim da tarde à medida que a quantidade de fumaça chegando ao Rio Grande do Sul aumentou durante o dia. A tendência é que o corredor de fumaça vindo da Amazônia continue atuando no Rio Grande do Sul nos próximos dias.

O número de queimadas no bioma neste mês está muito alto e no estado do Amazonas já supera a média mensal, informa a MetSul Meteorologia, um dos principais geradores de conteúdo de informação meteorológica do Conesul.

Outras cidades

O professor de Climatologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Denilson Ribeiro Viana explica que a circulação atmosférica propiciou a chegada da fumaça ao estado.

“Temos essa situação no momento por conta de circulação atmosférica. Com o avanço da frente fria, a situação tende a desaparecer”, diz.

Em Santa Rosa, no Noroeste, a fumaça encobriu parte da cidade. Em Porto Alegre, o tom acinzentado da fumaça se misturou com o céu nublado.

Em apenas quatro dias, as queimadas no Pará superaram a marca de setembro de 2021. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desde 1º de janeiro até esta sexta, os satélites registraram 20.614 pontos de fogo na floresta.

A Amazônia teve o pior agosto de queimadas nos últimos 12 anos. O pior dia de queima em 15 anos foi registrado no último dia 22.

A fumaça também atingiu os estados do Paraná e de São Paulo, além de outros países do continente.

Outros episódios

Em fevereiro deste ano, a fumaça de incêndios na Argentina foi observada em cidades do Rio Grande do Sul. As complicações geradas pela seca prolongada atingiram 800 mil hectares de plantações de pinus no país vizinho. Na ocasião, o governo do RS enviou bombeiros para auxiliar no combate às chamas.

Em setembro de 2020, a fumaça de queimadas no Pantanal chegou ao RS. Ventos a 1,4km de altura, chamados de jatos de baixos níveis, carregam os aerossóis.

Em janeiro daquele ano, o RS foi atingido pela fumaça de incêndios florestais na Austrália.

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